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Petrobras (PETR4): 4 pontos explicam o salto de 22% das ações

26 maio 2023, 12:38 - atualizado em 26 maio 2023, 12:38
Petrobras, carteira, ações
Ações ordinárias e preferenciais da Petrobras têm alta de 18% e 22% no ano (Imagem: Bloomberg)

As ações da Petrobras têm mais um dia otimista na Bolsa. Os papéis ordinários da estatal, PETR3, saltavam 0,91%, a R$ 29,82, enquanto os preferenciais, PETR4, subiam 0,98%, a R$ 26,71, às 11h30 desta sexta-feira (26). No ano, os ativos acumulam alta de 18,5% e 22,5%, respectivamente.

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De acordo com analistas, o otimismo com as ações nas últimas semanas se deve a quatro fatores:

  • divulgação da nova política de preços de combustíveis;
  • resultado positivo no primeiro trimestre de 2023 (1T23);
  • anúncio de dividendos no valor de R$ 1,89 por ação; e
  • melhora do humor local.

No dia 16 de maio, a Petrobras anunciou uma nova política de preços para os combustíveis, que pôs fim a subordinação ao preço de paridade de importação.

O analista da Empiricus Research, Ruy Hungria, afirma que, apesar de “um pouco cinzenta”, a medida excluiu um cenário de venda abaixo do preço de custo, o que implicaria em “grandes prejuízos”.

Júlio Borba, analista da Benndorf, ainda destaca que a política afastou uma maior percepção de risco do mercado em relação à nova gestão da estatal.

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Ele também ressalta que o desempenho das ações está atrelado ao lucro de R$ 38 bilhões da Petrobras no 1T23, divulgado no começo do mês. Além do segundo maior lucro da história para um primeiro trimestre, a queda de lifting cost e os dividendos de R$ 24,6 bilhões foram destaque do balanço.

Além disso, os analistas associam as altas da Petrobras ao otimismo do mercado local. O principal índice de referência da B3, o Ibovespa (IBOV) soma alta de 5% no acumulado do mês.

Vai subir mais?

O analista da Empiricus afirma que as ações da Petrobras já embutem um “pessimismo bastante grande”, negociando a menos de 3 vezes lucros. “Basta que nova política de dividendos e os novos investimentos não desagradem muito para que os acionistas sigam lucrando com a tese”, diz.

A estatal tem potencial para dar retorno a seus acionistas via ganho de capital ou através de dividendos, de acordo com Hungria.

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Borba, da Benndorf, também pontua que a manutenção do preço dos combustíveis próximos aos de mercado e uma boa diligência dos investimentos também são ótimos drivers de valor para a tese.

Por outro lado, os riscos para a companhia decorrem de possíveis interferências políticas que prejudiquem os resultados, avaliam os analistas.

Eles destacam eventuais investimentos descontrolados e sem perspectiva de bons retornos, interferência significativa no valor dos combustíveis e o pagamento somente de dividendos mínimos obrigatórios.

Vale se posicionar em Petrobras?

A Empiricus tem recomendação de compra para as ações da Petrobras, mas com foco em dividendos.

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“Mesmo considerando uma piora na alocação de capital e na política de dividendos, a companhia ainda deve entregar bons yields para os acionistas”, diz Hungria.

Já a Benndorf rebaixou os ativos da estatal para “neutro”, com preço-alvo em R$ 32. O analista da casa explica que agora que o pânico em relação à tese passou e o potencial de alta diminuiu, o risco-retorno está menos atrativo no médio prazo.

“Preferimos aguardar os próximos movimentos da nova gestão para definir se voltamos a ter um viés mais otimista com o case“, afirma Borba.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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