Petrobras (PETR4): A expectativa do mercado para o lucro e os dividendos do 3T25
A Petrobras (PETR4) deve reportar um lucro líquido de R$ 19,6 bilhões no terceiro trimestre de 2025, conforme as estimativas consolidadas pela Bloomberg, em uma baixa em relação aos R$ 32,6 bilhões do mesmo período do ano passado.
O trimestre corresponde a um período marcado pela desvalorização do petróleo no mercado internacional, com o Brent recuando de uma média próxima de US$ 80 para cerca de US$ 68 por barril em um ano, em meio a incertezas tarifárias e sinais de desaceleração global.
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O consenso de mercado também aponta para uma receita líquida de R$ 118,6 bilhões e um Ebitda de R$ 57,4 bilhões no período. Para analistas, o resultado é visto como “sólido”.
O relatório de produção e vendas do trimestre, já divulgado, reforçou a perspectiva otimista para o balanço, com a produção de óleo e LGN somando 2,52 milhões de barris por dia (bpd), crescimento de 18,4% em relação a um ano antes, enquanto a produção de gás natural aumentou 13,1%, chegando a 594 mil boed.
O BTG Pactual projeta um fluxo de caixa livre (FCF) de US$ 4,8 bilhões, o que, segundo a fórmula de dividendos da Petrobras, implica um pagamento de US$ 2,2 bilhões, equivalente a um rendimento de 2,9%.
O valor dos proventos, aliás, segue o mesmo na projeção de bancos como a XP Investimentos, que ainda espera por Ebitda de US$ 11,4 bilhões para o 3T25, alta de 11,7% em relação ao trimestre anterior. O lucro líquido deve alcançar US$ 4,4 bilhões.
O outro ponto de atenção para o investidor da Petrobras
Para o BTG, a atenção dos investidores deve se voltar para o Plano Estratégico 2026-2030, que “será fundamental para avaliar a trajetória sustentável de retorno ao acionista da Petrobras a partir de 2026, especialmente diante do atual ciclo de aumento de investimentos (capex) e de um cenário de preços de petróleo mais fracos”.
O Plano Estratégico da estatal para o período 2026-2030 será divulgado no próximo dia 27 de novembro. Pessoas próximas ao assunto indicam que o corte nos investimentos deve superar US$ 8 bilhões, diante da queda do preço do barril de petróleo, de acordo com o Estadão.
O BTG Pactual afirmou ainda que as premissas de investimentos (capex) e custos operacionais (opex) podem ser revisadas para baixo, enquanto a meta de produção tem espaço para ser ampliada.
O plano atual (2025–2029) considera o petróleo Brent a US$ 83 por barril em 2025, frente a uma média anual próxima de US$ 70, o que, segundo o banco, abre margem para uma abordagem mais conservadora sobre os preços da commodity.