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Petrobras (PETR4): Ações recuam após novo plano de investimentos; o que dizem os analistas?

28 nov 2025, 11:27 - atualizado em 28 nov 2025, 11:27
dividendos petrobras ações
Petrobras (PETR4): Ações recuam após novo plano de investimentos; o que dizem os analistas? (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

Petrobras (PETR4) divulgou seu Plano Estratégico para o período de 2026 a 2030 com sinalizações consideradas positivas em produção, investimentos e controle de gastos, segundo Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, que continua com recomendação de compra para a petroleira.

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Mesmo assim, em meio à repercussão, os papéis da estatal recuavam cerca de 2,60% por volta das 11h (horário de Brasília) desta sexta-feira (28), negociados a R$ 31,51. Acompanhe o tempo real.



O plano anunciado reduziu o capex total de US$ 111 bilhões, no período anterior, para US$ 109 bilhões, uma queda mais modesta do que o mercado previa diante de um cenário de preços baixos do petróleo.

Por outro lado, a Carteira em Implantação — área que reúne projetos com maior probabilidade de execução — registrou uma redução mais relevante, passando de US$ 98 bilhões para US$ 91 bilhões.

Segundo Hungria, o ponto central é que os investimentos em Exploração & Produção foram preservados, com a maior parte dos cortes sendo realizada em segmentos de baixo retorno e não estratégicos para a companhia.

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A empresa também revisou para baixo, em US$ 12 bilhões, suas projeções de gastos gerenciáveis devido a iniciativas de eficiência.

“Apesar de parte das mudanças já ter sido antecipada pelo mercado nas últimas semanas, os ajustes, nada triviais para uma estatal em véspera de eleições presidenciais, mostram que a gestão está atenta e sensível ao ambiente desafiador”, afirmou o analista.

Outro ponto positivo, de acordo com Hungria, foi o incremento na perspectiva de produção de óleo nos próximos cinco anos entre 100 e 200 mil barris por dia, o que está em linha com o aumento observado nos últimos trimestres.

O especialista lembrou que cada 100 mil barris representam aproximadamente US$ 1 bilhão de Ebitda adicional, considerando o Brent a US$ 60.

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Dividendos menores

Mesmo com o petróleo mais barato, o plano da Petrobras para o próximo quinquênio prevê distribuição de dividendos entre R$ 45 bilhões e R$ 50 bilhões, nível semelhante ao do ciclo anterior, que ficou entre R$ 45 bilhões e R$ 55 bilhões.

“No entanto, diferente do último plano, desta vez a companhia não aventou a possibilidade de proventos extraordinários, mas isso também já era esperado pelo mercado diante das condições”, disse Hungria.

Visão do Safra

O Safra também avaliou o plano anunciado como um “bom roteiro”, destacando maior flexibilidade para um ambiente de preços incertos, com foco contínuo nas atividades de E&P e uma bem-vinda iniciativa de otimização de custos.

“O plano quinquenal delineia a estratégia da Petrobras de navegar em um ambiente de preços mais baixos do Brent: com mais flexibilidade em investimentos, aumento da produção e redução de despesas”, pontuou o banco em relatório.

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Segundo a instituição, apesar da modesta queda de 2% no total de investimentos para o próximo período, a carteira de projetos em execução soma US$ 91 bilhões e inclui US$ 10 bilhões em iniciativas sujeitas a avaliações trimestrais de financiamento.

Para a casa, isso confere à petroleira maior capacidade de ajustar o ritmo conforme análises periódicas de fluxo de caixa e estrutura de capital.

O Safra mantém recomendação outperform (equivalente à compra) para as ações PETR4, com preço-alvo de R$ 43, o que implica potencial de valorização de cerca de 36,5%.

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Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.

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