Petrobras (PETR4) pode elevar produção de sua maior plataforma, diz diretora

A Petrobras (PETR4) está estudando aumentar a capacidade de produção de seu maior navio-plataforma em operação, o Almirante Tamandaré, no Campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, para 250 mil barris por dia de petróleo, disse nesta segunda-feira (18) a diretora-executiva de Exploração e Produção, Sylvia dos Anjos.
A unidade, que entrou em operação em fevereiro, atingiu sua capacidade máxima de 225 mil barris por dia três meses antes da data prevista, conforme anunciou a empresa na semana passada, citando a elevada produtividade do campo, que deverá ser em breve o maior produtor de petróleo do Brasil, superando Tupi.
Em momento em que os preços do petróleo estão mais baixos, a companhia busca alternativas para fazer “mais com menos”, disse a diretora, durante sua apresentação em um evento do setor naval no Centro Cultural da FGV.
Além de Almirante Tamandaré, a Petrobras também avalia a possibilidade de aumentar a produção de outras unidades, como o navio-plataforma Duque de Caxias, que opera no campo de Mero (Bacia de Santos) – unidade afretada junto à Modec.
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Outros executivos da estatal presentes no evento, como a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da companhia, Renata Baruzzi, e o gerente de Programas Estratégicos, Wagner Victer, ponderaram que o projeto de Almirante Tamandaré permitiria uma elevação na capacidade para 270 mil barris por dia.
Baruzzi citou que empreendimentos como esse são elaborados para ter folga de capacidade. “A SBM (afretadora) já está trabalhando para levar para 270 mil. Então, assim, sempre tem folgas que a gente pode dar uma alavancada”, comentou ela.
A diretora acrescentou que a Petrobras precisaria do aval do órgão ambiental federal Ibama e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para expandir a produção.
“Sim, está pronto. É só ter licença do Ibama e ajustar o contrato com a SBM. A lógica, o racional, é que há espaço”, afirmou.
Anjos, diretora de E&P, preferiu mais cautela ao falar do aumento da capacidade do projeto. “270 mil é meio exagerado, mas 250 achamos que dá. Trabalhamos para ampliar nessa, mas também em Duque de Caxias”, acrescentou.
Ela disse que a empresa também avalia aumentar a capacidade de uma terceira plataforma, mas não revelou qual seria este ativo.