Mercados

Petrobras (PETR4) cai 3% nesta terça-feira (16); entenda

16 dez 2025, 15:30 - atualizado em 16 dez 2025, 15:30
petrobras petr4
(Imagem: Kaype Abreu / Money Times)

As ações da Petrobras (PETR4) recuavam nesta terça-feira (16), acompanhando a queda do petróleo no mercado internacional. Por volta das 14h56, os papéis eram negociados a R$ 30,80, com baixa de 2,84%, movimento que era seguido pelas empresas junior do setor na Bolsa. O barril do Brent caía 2,7%, a US$ 58,92.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O petróleo recua com o aumento do temor de que uma sobreoferta atinja o mercado de petróleo a partir de 2027. O cenário combina a retomada da produção, a redução dos cortes da Opep e uma desaceleração do crescimento da demanda global.

Na última semana, a Agência Internacional de Energia (AIE) e a Opep divulgaram relatórios elevando as projeções de oferta para o próximo ano, com destaque para a produção de países fora do cartel. A estimativa é de uma oferta adicional de cerca de 600 mil barris por dia, puxada principalmente por Estados Unidos, Brasil e Argentina.

“As projeções, em particular para 2026, são de um excedente de produção bastante grande. Isso tem levado o mercado a se posicionar de forma vendida”, disse Regis Cardoso, head de Óleo, Gás e Petroquímicos da XP Investimentos. 

Outro fator no radar é um possível avanço nas negociações para o fim do conflito na Ucrânia. O principal negociador de paz do país afirmou que houve “progresso real” na segunda rodada de conversas entre autoridades ucranianas e norte-americanas. Para Vitor Sousa, analista da Genial, a redução das tensões geopolíticas tende a retirar o prêmio de risco dos preços futuros do petróleo, especialmente quando envolve grandes produtores, como a Rússia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, o mercado projeta enfraquecimento da demanda no próximo ano, em meio a um menor crescimento global. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o PIB mundial avance 3,1% em 2026, após crescimento de 3,2% em 2025. Segundo Sousa, a curva futura não precifica, por ora, uma alta relevante dos preços nos próximos anos.

O que esperar da Petrobras com o petróleo em baixa?

Mais cedo, o Itaú BBA disse que com uma revisão para baixo do preço de longo prazo do petróleo — de US$ 65 para US$ 60 por barril —, a Petrobras segue oferecendo atratividade em termos de retorno ao acionista. O banco manteve recomendação de outperform e estima dividend yield de 10% em 2026, considerando o petróleo a US$ 62 por barril, no cenário base.

O Itaú BBA ressalta que a estratégia de acelerar projetos de exploração e produção reduz a flexibilidade para cortar capex no curto prazo e pode pressionar o fluxo de caixa livre ao acionista em 2026.

No cenário acelerado, que considera a antecipação de três plataformas em Búzios, o FCFE cairia para 6% em 2026, com dividend yield estimado em 9%. Ainda assim, o banco avalia que esse movimento fortalece a capacidade de geração de caixa no médio prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

*Com Vitor Azevedo 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
Linkedin

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar