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Petrobras (PETR4): CEO conta planos para a companhia e dividendos parecem seguros; veja avaliação do BTG, Goldman e XP

03 jul 2024, 11:20 - atualizado em 03 jul 2024, 11:20
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A presidente da Petrobras Magda Chambriard se reuniu com analistas de bancos e casas de análises na terça-feira (02) (Imagem: Agência Petrobras)

A presidente da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard, se reuniu com analistas de bancos e casas de análises na terça-feira (02). O BTG Pactual saiu do encontro com uma visão positiva em relação aos planos da CEO à frente da estatal.

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Chambriard foi anunciada para o comando da Petrobras em maio, substituindo Jean Paul Prates. A troca levantou dúvidas sobre possíveis mudanças relacionadas ao plano estratégico da companhia e se haveria impactos em um dos aspectos preferidos dos investidores: dividendos.

Na avaliação do BTG, da XP Investimentos e do Goldman Sachs, no encontro, a CEO enfatizou o compromisso da empresa com os princípios econômicos e de governança que guiam as operações diárias da companhia, dando sinais de continuidade na execução do plano de negócios.

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Chambriard mostrou compromisso em manter a exploração e produção (“E&P”) de petróleo e gás como o principal negócio da empresa, apontam analistas do BTG. Segundo ela, os campos do pré-sal continuarão a apoiar o crescimento da companhia por vários anos, mas é de extrema importância investir na reposição das reservas.

Neste sentido, mencionou que novas fronteiras na Margem Equatorial, Bacia de Pelotas e outras possibilidades na Bacia do Atlântico são os principais objetivos.

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“Apoiamos essa abordagem, pois vemos a expertise da Petrobras em águas profundas e ultraprofundas como o seu principal motor de criação de valor”, avalia o BTG.

Ademais, o plano estratégico (PE) de 5 anos da Petrobras não deve ser alterado, tendo em vista que Chambriard vê a estratégia bem definida e pretende cumpri-la. No entanto, reconhece que estão sendo feitos esforços para acompanhar o ritmo de desembolso do PE através de iniciativas operacionais e ganhos de eficiência.

“Embora acreditemos que a entrega dos investimentos em E&P de acordo com o PE seria bem-vinda, dada a alta rentabilidade dos projetos, continuamos a achar improvável que a Petrobras atinja seu guidance de US$ 18,5 bilhões em 2024. Muitos atrasos são devido a restrições na cadeia de suprimentos e de terceiros, e continuamos a incorporar um capex 20% abaixo do guidance em nosso modelo, abrindo espaço para maiores distribuições”, ponderam analistas do BTG Pactual.

Para a XP, o capex pode aumentar no próximo plano de negócios, mas o foco principal deve continuar nas atividades upstream (exploração e produção de petróleo).

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E os dividendos da Petrobras?

Sobre o tema que mais gera alvoroço entre os investidores, a CEO reiterou que a política de dividendos está definida no estatuto e não há planos de alterá-la.

Isso sugere que a atual remuneração aos acionistas permanecerá, sustentando a projeção do BTG de 17% nos próximos 12 meses.

“Além disso, a Sra. Chambriard observou que os acionistas privados da empresa não são os únicos interessados em dividendos e que a empresa precisa continuar focando em projetos lucrativos”, comentam.

Para a XP, as mensagens-chave passadas pela CEO estão alinhadas com as expectativas. Dessa forma, acreditam que a Petrobras vai continuar a gerar fluxo de caixa livre e pagar dividendos relevantes.

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Hora de compras ações da estatal?

O BTG reconhece que as constantes mudanças na posição de CEO da Petrobras aumentam o prêmio de risco exigido pelos investidores para possuir as ações.

No entanto, deixando o ruído político de lado, os analistas veem poucas mudanças práticas em relação à alocação de capital da empresa e, após 18 meses desde que o novo governo assumiu, apontam que a companhia tem consistentemente entregado resultados sólidos.

“Por essa razão, acreditamos que o valuation continua a acomodar mais do que os riscos da tese, e a menos que haja uma mudança significativa no estatuto da empresa e/ou na lei das S.A., esperamos mais surpresas positivas nos próximos dois anos”.

O banco vê a Petrobras com um valuation pressionado e baixa alocação pelo mercado, e a ação continua sendo a principal escolha no setor de Petróleo & Gás, além de uma boa proteção contra a desvalorização do real.

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O Goldman Sachs avalia que a Petrobras tem visto uma recuperação plurianual nos preços das ações, mesmo após diversas mudanças na liderança nos últimos anos, o que atribuem tanto aos sólidos fundamentos corporativos quanto à melhoria da governança como resultado de seu processo de recuperação que começou em 2016.

O banco gringo permanece com classificação de compra para Petrobras.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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