Petrobras (PETR4) deve aguardar antes de possível reajuste nos preços, diz corretora

A disparada recente do petróleo, que sobe 16% nas últimas duas semanas, pode reascender discussões sobre um possível reajuste de preços pela Petrobras (PETR4).
Nesta sexta-feira (13), o contrato mais líquido do Brent para agosto registrou alta de mais de 7%, com o barril no patamar de US$ 74, após Israel confirmar um ataque ao Irã durante a madrugada.
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No entanto, a commodity já vinha registrando ganhos devido ao aumento das preocupações com a segurança no Oriente Médio.
Para a Ativa Investimentos, embora a alta do Brent gere pressão, a Petrobras deve aguardar antes de alterar os preços.
A corretora lembra que a política atual da Petrobras busca suavizar a volatilidade internacional, mas tem sido usada com frequência neste ano. Segundo a Ativa, os últimos reajustes foram técnicos, mas a repetição acaba alimentando especulações quando o petróleo dispara.
“A Petrobras deveria aguardar antes de realizar um novo ajuste, especialmente diante da grande dificuldade em discernir o que é conjuntural e o que é estrutural nesse momento”, diz o relatório.
Ainda assim, a Ativa reconhece que a postura mais ativa da companhia nos últimos meses legitima o debate. “Caso a companhia não tivesse promovido tantos ajustes, talvez o mercado estivesse menos inclinado a esperar por um novo movimento agora.”
Para a Genial Investimentos, no curto prazo, o valuation das petroleiras tende a se beneficiar, mas alerta que, no médio prazo, será preciso observar se a escalada se limita à retórica ou se afetará infraestruturas cruciais.
Nesta sexta-feira (13), as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) subiram 2,46%, a R$ 32,53, sendo a ação mais negociada na B3.