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Petrobras (PETR4): Dividendos e investimentos frustram mercado; ações caem 4%

08 ago 2025, 12:12 - atualizado em 08 ago 2025, 12:15
petrobras dividendos
(Imagem: Caio Acquesta/iStock)

As ações da Petrobras (PETR4) recuavam nesta sexta-feira (8) com o mercado reagindo ao anúncio de dividendos abaixo das expectativas e ao aumento no volume de investimentos no segundo trimestre de 2025 (2T25). Por volta das 12h, as ações preferenciais da estatal caíam 4%, a R$ 31,21.

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A estatal reportou um Ebitda de US$ 10,2 bilhões no período, 1% acima do consenso. Apesar do resultado sólido, o pagamento de dividendos ficou em US$ 1,5 bilhão (yield de 1,8%), aquém do consenso de US$ 2 bilhões.

Para analistas, o principal motivo para a frustração foi o nível de investimentos, que somou US$ 4,1 bilhões, acima das expectativas do mercado, que projetava algo abaixo de US$ 4 bilhões.

Segundo o BBI, a administração precisará esclarecer, na teleconferência, as tendências desses aportes, que ficaram acima do registrado no 1T25. O banco também apontou consumo adicional de capital de giro, provavelmente ligado ao aumento da produção, com expectativa de recuperação futura.

O Capex atingiu US$ 4,4 bilhões no trimestre, alta de 9% na comparação trimestral, com 84% destinados ao segmento de Exploração e Produção (E&P).

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O volume de investimentos aproxima a estatal de seu guidance oficial para 2024-2027, de US$ 18,5 bilhões. No primeiro semestre de 2025, a Petrobras investiu US$ 8,5 bilhões, o que, anualizado, representa cerca de 91% do planejamento estratégico 2025-2029.

A Genial Investimentos disse que o patamar atual de investimentos já é considerado em suas estimativas. “Sendo assim, o foco deve passar a ser o patamar do brent tendo em vista o case da PETR estar muito relacionado a tese de dividendos”.

“Vemos a PETR4 negociando a apenas 2,9x EV/Ebitda 25E e com Fluxo de Caixa Livre/Valor de Mercado de 21%. Valores interessantes, mas que não devem mudar a percepção do mercado em relação ao case da empresa”, disse.

A corretora lembra que a decisão em potencialmente ingressar no segmento de refino contribui para a empresa permanecer descontada em relação aos pares internacionais “mesmo com fundamentos superiores”. A recomendação segue de “manter”.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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