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Petrobras (PETR4): Dividendos seguem elevados, mas podem estar em risco, veem analistas; entenda

10 nov 2023, 11:52 - atualizado em 10 nov 2023, 11:52
petrobras
Dividendos da Petrobras seguem podem estar em risco, dizem analistas (Imagem: Kaype Abreu/Money Times)

Apesar da Petrobras (PETR3; PETR4) ter reduzido a fórmula de distribuição de dividendos, os
níveis de proventos continuam elevados, diante da forte geração de caixa, avaliam analistas. Na véspera (9), a estatal aprovou o pagamento de uma remuneração de R$ 17,5 bilhões.

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“O grau de endividamento da Petrobras segue bastante controlado e não é motivo de preocupação no momento, permitindo a continuidade no pagamento de dividendos”, afirma Frederico Nobre, da Warren.

No entanto, para os próximos trimestres, Vitor Sousa, da Genial, vê os dividendos em risco. O maior risco de curto prazo para tese da petroleira, segundo ele, diz respeito ao novo plano de investimentos.

O plano não deve só incrementar o volume esperado atual de investimentos (US$ 78 bilhões 2023-2026), como focar maior em transição energética.

“Nosso grande receio diz respeito ao percentual desse novo valor a ser divulgado em breve deverá ser alocado nos negócios de transição energética e sobre como todo esse processo deverá afetar a distribuição de dividendos”, diz Sousa.

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Os números da Petrobras no 3T23

Os resultados da Petrobras do terceiro trimestre, também divulgados na noite de quinta-feira, continuam fortes, mas vieram um pouco abaixo do esperado, avaliam analistas.

Do lado positivo, a petroleira avançou em exploração e produção (E&P) de petróleo e gás natural. Além disso, revisou o guidance de produção para 2,8 milhões barril equivalente de petróleo por dia (boe/dia) em 2023.

O incremento da produção permitiu uma redução de 10% no lifting cost no 3T23, que atingiu US$ 5,39/boe.

Por outro lado, o destaque negativo ficou com o segmento de refino, transporte e comercialização.

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Os números operacionais do trimestre foram sólidos, derivados do atrativo preço do brent e da produção recorde. O preço realizado do petróleo foi de US$86,7/barril.

A Warren avalia que a tese de investimento da Petrobras apresenta um “carrego muito interessante”, por conta do FCL Yield elevado projetado, que permitiria um dividendo mínimo de aproximadamente 12%. A casa tem recomendação neutra para os papéis. A indicação da Genial é de manter os papéis.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.