Petrobras (PETR4) diz em carta ao Ibama que sonda chega à Foz do Amazonas até o fim de junho

A Petrobras (PETR4) afirmou ao Ibama nesta semana que a limpeza da sonda NS-42 estará concluída até o final de maio e que o equipamento que integrará um simulado de vazamento de petróleo na Foz do Amazonas chegará ao local até o final de junho, segundo carta da empresa ao órgão ambiental federal vista pela Reuters nesta quarta-feira.
A informação confirma reportagem publicada na véspera pela Reuters, com base em fontes com o conhecimento do assunto, de que a sonda estaria pronta para viajar com destino às águas ultraprofundas da Costa do Amapá até o final do mês.
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O movimento aconteceu após o órgão ambiental ter aprovado na última segunda-feira conceito da Petrobras de um plano de emergência para auxiliar a fauna local em caso de vazamento de óleo.
A empresa agora deve realizar uma simulação que, segundo ela, é o último passo antes da concessão da licença para a Petrobras explorar uma região considerada nova fronteira petrolífera, mas com questões ambientais sensíveis.
Na carta, datada da última terça-feira, a gerente geral de Licenciamento e Meio Ambiente do Ibama, Daniele Puelker, pede ao coordenador geral de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Marinhos e Costeiros do Ibama, Itagyba Alvarenga Neto, para indicar quais datas possíveis para realização da vistoria do Centro de Fauna e realização da Avaliação Pré-Operacional (APO).
O pedido, segundo a Petrobras, permitira que a empresa programasse detalhes logísticos e operacionais. A empresa ainda disse estar à disposição para agendamento de reunião para alinhamento de cronograma e de questões técnicas relacionadas à APO.
Na véspera, em declaração enviada à Reuters, o Ibama disse que dará início ao planejamento para execução das atividades relacionadas à realização à APO, mas que ainda não seria possível informar a data de realização da APO.
Procurado nesta quarta-feira, o Ibama reafirmou a posição divulgada na terça-feira.
A equipe do Ibama se posicionou majoritariamente contra a proposta da Petrobras, tendo assinado um documento em fevereiro dizendo que o plano de resgate da fauna tinha apenas uma “remota possibilidade” de sucesso.
A região ambientalmente sensível abriga vastos recifes de corais e comunidades indígenas costeiras.