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Petrobras (PETR4) e outras petrolíferas disparam até 3% com tensão no Oriente Médio; o que esperar das ações?

13 jun 2025, 14:03 - atualizado em 13 jun 2025, 18:00
dividendos petrobras
(Foto: Reuters/Sergio Moraes)

As ações da  Petrobras (PETR3;PETR4) subiram forte nesta sexta-feira (13), impulsionadas pela disparada do petróleo diante do agravamento das tensões geopolíticas no Oriente Médio.

Os papéis preferenciais PETR4 encerraram a sessão com alta de 2,46%, a R$ 32,53. Já as ações ordinárias PETR3 tiveram avanço de 2,13%, a R$ 34,98.

O movimento acompanha a valorização de mais de 7% nos contratos do Brent para agosto, que atingiram o nível de US$ 74  o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

O salto na cotação ocorre após Israel confirmar um ataque ao Irã durante a madrugada.

Segundo autoridades israelenses, a ofensiva teve como alvo instalações nucleares, fábricas de mísseis e comandantes militares iranianos. A ação acontece em meio ao impasse nas negociações entre Teerã e Washington sobre a produção de material nuclear.

Além da Petrobras, outras petroleiras brasileiras também operaram em alta: Brava Energia (BRAV3) subiu 1,51% (R$ 20,78), PetroReconcavo (RECV3) ganhou 2,71% (R$ 15,56) e Prio (PRIO3) avançou 1,76% (R$ 43,98).

Segundo a Genial Investimentos, a intensificação das tensões eleva o prêmio de risco no petróleo, o que gera um efeito positivo imediato para empresas do setor. O risco de interrupção no Estreito de Ormuz — por onde passa cerca de 20% do petróleo global — reforça a pressão nos preços.

A casa destaca que, no curto prazo, o valuation das petroleiras tende a se beneficiar, mas alerta que, no médio prazo, será preciso observar se a escalada se limita à retórica ou se afetará infraestruturas cruciais.

O Irã, membro da Opep, possui capacidade de produção entre 3,8 e 4 milhões de barris por dia.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.