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Petrobras (PETR4): Goldman Sachs rebaixa recomendação por incertezas políticas nos próximos anos

04 nov 2022, 13:20 - atualizado em 04 nov 2022, 13:20
Edifício-sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (RJ)
Lula menciona a intenção de diminuir dividendos da Petrobras e promover investimentos em refino e renováveis (Imagem: REUTERS/ Sergio Moraes)

O Goldman Sachs rebaixou a recomendação para as ações da Petrobras (PETR3PETR4) de “compra” para “neutro”, devido ao aumento da incerteza em torno das políticas a serem adotadas nos próximos anos.

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Segundo Bruno Amorim e equipe do Goldman, os pagamentos de dividendos têm sido um foco dos investidores. Entretanto, o presidente eleito, Lula (PT), e outros funcionários de seu governo mencionaram a intenção de diminuir o pagamento de proventos, a fim de promover investimentos em refino e renováveis onde a estatal não tem histórico.

Os analistas ainda avaliam os papéis da companhia como relativamente baratos, mas se o pagamento de dividendos for reduzido, pode haver um risco significativo de queda para a  previsão de linha de base de proventos.

Além disso — embora otimistas com o preço do petróleo no médio/longo prazo, principal rentabilidade do negócio upstream da Petrobras — eles reconhecem o risco de curto prazo decorrente dos riscos de recessão global.

“Daqui para frente os investidores se concentrarão nas políticas a serem implementadas pelo governo recém-eleito a partir de 1º de janeiro, o que poderia potencialmente mudar o foco da venda de ativos e retorno de capital aos acionistas para novas vias de crescimento e eventuais subsídios para combustíveis”, explicam.

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Espere aumento de incertezas para Petrobras

De acordo com Bruno Amorim e equipe, neste ponto, há um alto nível de incerteza quanto às políticas a serem adotadas daqui para frente — desde se haverá um novo CEO, se alguma mudança pode ser feita no estatuto da empresa, qual política de preços de combustíveis será adotada, quanto será gasto no refino e projetos de energias renováveis.

Dessa forma, o banco atualizou a análise de sensibilidade para Fluxo de Caixa Livre (FCF). “Alguns projetos levam tempo para garantir o licenciamento ambiental, contratação de fornecedores. Assim, entretanto, o aumento do Capex pode ser limitado, pois leva algum tempo acelerá-lo, potencialmente implicando em risco de aumento para o FCF e dividendos no futuro próximo”, afirmam.

Os analistas estimam que a Petrobras precisaria investir pelo menos US$ 10-15 bilhões em nova capacidade de refino nos próximos anos para abastecer totalmente o país.

Para o Goldman, o estatuto social da empresa e a lei das SOEs são as duas principais camadas de proteção aos acionistas minoritários da estatal, principalmente no que diz respeito à política de preços de combustíveis.

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E se não houver mudanças nas políticas atuais?

Se o próximo governo mantiver as políticas atuais — incluindo paridade de preços de combustível, níveis otimizados de Capex sem investimentos na expansão da capacidade das refinarias e energias renováveis —, os analistas do Goldman Sach veriam potencial para um rendimento de dividendos de cerca de 32% nos próximos quatro anos.

Isso se compara ao retorno total em dinheiro de 7 a 15% (dividendos + recompras) para as principais empresas americanas e europeias.

“Acreditamos que este é agora um caso de bull (alta), devido a vários comentários do candidato presidencial vencedor sobre possíveis mudanças na política”, avaliam.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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