Comprar ou vender?

Petrobras (PETR4): “Gostaria de ter mais, mas a esquizofrenia brasileira não deixa”, diz Aché

23 fev 2022, 14:01 - atualizado em 23 fev 2022, 14:31
Squadra
O gestor participou da mesa de discussões sobre alta da Selic e o efeito na seleção de ações  (Imagem: BTG Pactual/Reprodução)

O sócio-fundador e CEO da Squadra, Guilherme Aché, afirmou, em evento realizado pelo BTG nesta quarta-feira (23), que gostaria de ter mais ações da Petrobras (PETR3;PETR4), “mas a esquizofrenia brasileira não deixa”.

A estatal, que divulga resultados nesta quarta após fechamento do mercado, sofre com interferências políticas, algo que se acentua durante períodos eleitorais.

Até o momento, o ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas, tem dado sinais de que irá mudar a política de preços de combustíveis e que priorizará o “povo brasileiro” ao invés dos “acionistas americanos”.

Além disso, Aché também declarou que é difícil fazer previsões sobre como os preços do petróleo se comportarão.  “Commodities precisa investir com o pé na porta”, adverte.

O gestor participou da mesa de discussões sobre alta da Selic e o efeito na seleção de ações. Com ele, estavam: Mauricio Bittencourt, sócio-fundador da Velt, e Florian Bartunek, sócio-fundador da Constellation.

Empresas baratas

Na visão de Bartunek, da Constellation, mesmo com o cenário macro difícil, os lucros das empresas estão sendo revisados para cima. “Na média, os números têm surpreendido. O ano tente a ser melhor”, completa.

Já Aché afirma que, neste momento, tem olhado para as empresas que caíram muito no ano passado devido à alta da Selic.

“Empresas de consumo, como a Renner (LREN3), que caiu bem. Empresas muito boas caíram 50%. Fico até com vergonha, uma ação que você tem e não compra mais depois da queda. Seria um erro”, completa.

Para Bittencourt, é difícil falar se o atual momento está propício para comprar ações. Porém, ele lembra que a “assimetria parece favorável”, com a tendência de queda da taxa de juros no longo prazo favorecendo empresas de consumo.

Entre as empresas, Bittencourt gosta da tese do BTG Pactual (BPAC11).

“Acho que o banco é exemplo de uma organização que passou por uma série de dificuldades na economia e sobreviveu. Tem zero de sorte. Segmento de financeiros é extraordinário para gerar valor. Tem muito rentabilidade combinada com uma capacidade de inovar”, completa.

Outros papéis que o gestor carrega são Eneva (ENEV3), “que tem a capacidade de substituir o combustível fóssil no longo prazo”, Hapvida (HAPV3) e Equatorial (EQTL3).

Sobre eleições, Aché disse que está otimista com o pleito presidencial e observou que essa eleição será o inverso das eleições de 2002, “quando as coisas começaram bem e foram piorando”.

Investimentos em Cripto

Os gestores se dividem quando o assunto é criptomoedas. Para Bartunek, da Constellation, “cripto é um negócio espetacular” e “maior que as pessoas imaginam”.

“O consumidor quer comprar na hora, não quer esperar a bolsa abrir às 10 horas na segunda-feira”, completa, se referindo aos investidores mais jovens, que prezam pelo imediatismo.

Já Aché compara os bitcoins e outras criptomoedas a uma “bolha”.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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