Petrobras (PETR4): Incertezas aumentam, mas os rendimentos valem a pena, vê UBS BB

O UBS BB reconhece as incertezas ao redor da Petrobras (PETR4), em meio ao cenário de queda das ações e do petróleo. No entanto, os rendimentos da companhia permanecem altos, o que sustenta a reiteração da recomendação de compra, mas com um corte no preço-alvo, que passa de R$ 49 para R$ 46.
Os analistas Matheus Enfeldt, Tasso Vasconcellos e Victor Modanese permanecem com uma visão positiva em relação à estatal, tendo em vista que o dividend yield (retorno de dividendos) segue atrativo e em torno de 13%, após um recuo de cerca de 20% nos preços das ações.
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As preocupações com o capex (investimentos na própria empresa) do quarto trimestre de 2024 foram acompanhadas pela volatilidade nos mercados de energia, o que levou à petrolífera a um desempenho inferior recentemente, comentam os analistas.
O menor yield desencadeou preferência dos investidores por outros nomes de dividendos no Brasil.
“Contudo, especialmente após o recente baixo desempenho em relação a outros nomes do setor de energia, reiteramos ver a ação como atraente, com um rendimento de dividendos de 13%, com o também crescimento do yield para o próximo ano devido à melhora do Brent e da produção”, colocam.
Inclusive, quando se trata do capex da Petrobras, o UBS BB classifica o debate como importante, com muito para acontecer e uma ampla gama de expectativas sobre o tópico.
Os analistas estavam mais pessimistas, com uma faixa de estimativas dos investidores para 2025 de US$ 13 bilhões a US$ 16 bilhões. Agora, o banco espera um investimento em capital de US$ 14,8 bilhões.
Para o petróleo, espere volatilidade
O UBS BB pondera que, com o capex, os preços do petróleo permanecem como um tópico central sobre a Petrobras nas últimas semanas. O banco reduziu a previsão de preço do Brent — utilizado como referência internacional — para US$ 66 em 2025, US$ 65 em 2026 e US$ 70 em 2027.
“Vemos uma faixa de preço do Brent mais ampla, de US$ 50 a US$ 75 por barril, com riscos de queda provenientes de recessões econômicas e riscos de alta provenientes de potenciais interrupções no fornecimento. Espere volatilidade”, dizem os analistas.
A classificação de compra para a Petrobras está amparada na expectativa por investimentos menores e no Brent, sendo o petróleo o motivo do corte no preço-alvo.