Petrobras (PETR4): Investimento em energia eólica no mar é risco para dividendos?

A Petrobras (PETR3;PETR4) deu mais um passo rumo à materialização dos seus projetos de energia eólica offshore. Nesta quarta-feira (13), a companhia informou que encaminhou, junto ao Ibama, um pedido para iniciar o processo de licenciamento ambiental de 10 áreas no mar brasileiro para o desenvolvimento dos estudos do segmento.

De acordo com a petroleira estatal, das 10 áreas destinadas ao desenvolvimento dos projetos, sete estão na região Nordeste (três no Rio Grande do Norte, três no Ceará e uma no Maranhão); duas no Sudeste (uma no Rio de Janeiro e uma no Espírito Santo); e uma no Sul do país (no Rio Grande do Sul).

As áreas têm um potencial para o desenvolvimento de projetos eólicos offshore com capacidade de até 23 GW e colocam a Petrobras como a empresa com o maior potencial de geração de energia eólica offshore no Brasil em capacidade protocolada junto ao Ibama.

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É só o começo

O Itaú BBA destaca em relatório que os projetos estão em fase inicial e devem passar por diversas análises antes de entrar em maturação. A instituição destaca que existe um caminho longo até eles serem considerados investimentos concretos e incluídos no plano estratégico da Petrobras.

“Dessa forma, acreditamos que esses projetos de energia eólica offshore não devem ser incluídos no próximo plano estratégico (2024-28), reforçando nossas expectativas de sem maiores mudanças no novo plano da companhia, a ser anunciado em novembro”, comenta o time de análise de Óleo, Gás e Petroquímicos do banco.

Na avaliação dos analistas, esses projetos podem levar um ou dois anos antes de se traduzirem em compromissos com o capex (investimentos).

Portanto, embora espere que algumas preocupações sejam levantadas entre os investidores quanto ao anúncio, o BBA acredita que os estudos não afetam o potencial de pagamento de dividendos da Petrobras no curto prazo.

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O BBA tem atualmente recomendação de market perform (desempenho esperado em linha com a média do mercado) para PETR4, com preço justo de R$ 27.

Refinaria Abreu e Lima

Nesta quinta (14), a Petrobras confirmou que dará continuidade à implantação do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima.

A estatal decidiu retomar o processo de implantação após uma reavaliação criteriosa do projeto RNEST, confirmando a atratividade econômica do ativo.

O início das operações do Trem 2 da RNEST está previsto para 2027. A implantação deve expandir a capacidade de refino nacional, viabilizando o aumento da produção de derivados, principalmente diesel S10, em atendimento às demandas do mercado.