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Petrobras (PETR4) mira novo acordo de acionistas após participação da Novonor na Braskem

16 dez 2025, 9:33 - atualizado em 16 dez 2025, 9:35
dividendos petrobras
Entenda como a Petrobras acompanhará os desdobramentos da participação da Novonor na Braskem e seus direitos de tag along. (Foto: Reuters/Sergio Moraes)

Após o anúncio de que a IG4 fechou um acordo para assumir a participação da Novonor na Braskem (BRKM5), a Petrobras (PETR4) afirmou que irá acompanhar os desdobramentos e avaliar os termos e condições para decidir sobre um eventual exercício dos direitos de preferência e de tag along que detém.

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No comunicado enviado ao mercado na noite de segunda-feira (15), a Petrobras afirmou estar avaliando a elaboração de um novo acordo de acionistas, tendo em vista as tratativas em curso.

O mecanismo de tag along serve para garantir proteção no caso de uma mudança de controle acionário. Os direitos da Petrobras à preferência e tag along estão previstos no acordo de acionistas vigente da Braskem.

A Novonor detém atualmente 50,1% das ações com direito a voto da Braskem e 38,3% do total de ações, enquanto a Petrobras possui 47% das ações votantes e 36,1% do total de papéis. 

“A Petrobras reitera que qualquer decisão definitiva seguirá as práticas de governança da companhia, os procedimentos internos aplicáveis e eventuais aprovações de órgãos reguladores, sendo tempestivamente informada ao mercado”, diz a estatal.

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Petrobras mira mais poder sobre a Braskem

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a petrolífera quer ampliar seu poder de decisão sobre as operações da Braskem.

O objetivo, segundo falas da CEO, é obter ganhos de integração com a petroquímica. É justamente essa intenção que a Petrobras quer materializar em um novo acordo de acionistas.

“A Braskem é uma petroquímica brasileira que hoje é a sexta maior do mundo e tem tudo a ver com a Petrobras. A administração recente da Brakem, segundo nosso ponto de vista, não exacerbou como poderia as sinergias com o sistema Petrobras. Qual é a nossa ideia? Exacerbar essas sinergias”, disse Chambriard à Folha.

A venda de fatia da Novonor

Um destino para a fatia detida pela Novonor (ex-Odebrecht) era aguardado pelo mercado há tempos, e o nome da IG4 já estava no radar. Na visão da XP Investimentos, a transação é positiva e, se confirmada, levaria efetivamente a uma mudança de controle.

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A IG4 representa os bancos credores da companhia — Itaú, Bradesco, Santander, BB e BNDES –, que têm ações BRKM5 como garantia de empréstimos feitos à petroquímica. 

A Novonor se comprometeu a transferir a participação na Braskem para um fundo da IG4, que passará a deter 50,111% do capital votante e 34,323% do capital total da petroquímica.

Após a conclusão da operação, a Novonor permanecerá com 4% da Braskem.

A IG4 acrescentou em outro comunicado que a operação envolve cerca de R$ 20 bilhões em dívida e não causará mudanças operacionais imediatas na Braskem.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
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