Petrobras (PETR4) não prevê mudança na política de dividendos no novo planejamento, diz CFO
O diretor financeiro da Petrobras (PETR4), Fernando Melgarejo, afirmou que a companhia não pretende propor alterações na política de dividendos em seu próximo ciclo de planejamento estratégico. Segundo ele, em teleconferência de resultados nesta sexta-feira (7), a estatal mantém disciplina financeira e não vê necessidade de rever o teto de endividamento.
O Plano Estratégico da estatal para o período 2026-2030 será divulgado no próximo dia 27 de novembro. Ontem, a Petrobras divulgou lucro líquido de US$ 6,03 bilhões no terceiro trimestre, alta de 2,7%.
“Do ponto de vista de dívida, nosso teto é de US$ 75 bilhões, e neste trimestre chegamos a quase US$ 71 bilhões, considerando a captação de US$ 2 bilhões que realizamos”, disse Melgarejo.
“Se olharmos para a dívida líquida, houve uma evolução muito pequena no terceiro trimestre, com um caixa bastante robusto. Assim como não temos a intenção de submeter um planejamento com mudança na política de dividendos, entendemos que não há necessidade de alterar o teto de endividamento.”
Prudência com dividendos
Melgarejo destacou que o momento é de prudência tanto em relação à distribuição de proventos quanto a possíveis operações de fusões e aquisições.
“A palavra sobre dividendos, fusões e aquisições é cautela. Não temos nenhuma discussão em curso sobre mudança de política. Entendemos que ela é sustentável.”
“Em M&A, tudo o que fazemos precisa criar valor e garantir geração de caixa sustentável no longo prazo, com alocação de capital que faça sentido. Nada será feito se essas condições não forem observadas. E, se houver uma pressão muito grande do Brent, temos a possibilidade de postergar qualquer investimento que ainda não esteja contratado.”
Produção sustenta resultados
O executivo também comentou o foco operacional da companhia, ressaltando que o aumento da produção tem sustentado os resultados da Petrobras.
“Hoje, a grande questão dentro do balanço é a produção. Temos duas verticais principais: custo e receita. Do lado da receita, estamos aumentando a quantidade, o que melhora a condição de planejamento.”
“Do ponto de vista de opex e capex, estamos atuando com bastante cautela. Enxergamos um risco de Brent para o ano que vem. No curto prazo, o foco é o aumento de produção, que neste ano deve ficar no topo do guidance”, disse.