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Petrobras (PETR4): O alerta sobre os preços de combustíveis na Bahia

18 maio 2023, 17:54 - atualizado em 18 maio 2023, 17:54
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Acelen informou que vai continuar praticando preços de paridade de importação. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O estado da Bahia deve ficar em alerta contra alta de preços de combustíveis no estado, disse o coordenador-geral da Federação Única dos Trabalhadores (FUP), Deyvid Bacelar, depois de a Petrobras (PETR4) anunciar uma mudança na política preços. “Há monopólio privado regional”, afirmou.

Vendida pela Petrobras durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, a Refinaria da Bahia é controlada pela Acelen, holding de energia da Mubadala Capital (do fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos).

Após a mudança da política de preços da Petrobras, a Acelen informou que vai continuar praticando preços de paridade de importação (PPI), que era adotada pela estatal até então.

No entanto, com o petróleo em baixa no mercado internacional, a Refinaria da Bahia segue reduzindo os preços. A partir desta quinta, o valor da gasolina e do diesel a vendidos pela refinaria passam de R$ 2,78 para R$ 2,64, e de R$ 3,11 para R$ 3,08, respectivamente – valores que sofrem ajustes até o consumidor final.

A FUP afirma que a Acelen pratica os preços de combustíveis os mais caros das capitais do país e que os valores só perdem para a refinaria do Amazonas, a Reman, também vendida pela Petrobras.

“Privatizada em novembro de 2021, a atual refinaria de Mataripe, antiga refinaria Landulpho Alves (Rlam), localizada em São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador, pratica desde então os preços mais altos do país, em média”, sustenta a federação.

Acelen fala em reduções consecutivas e critica Petrobras

Em nota, a Acelen disse que, nos últimos meses, reduziu semanalmente os preços dos combustíveis produzidos na Refinaria de Mataripe, seguindo mercados de referência.

“No diesel, foram 10 reduções consecutivas, acumulando queda de 31% desde o início do ano. Já a gasolina acumula queda de 16% no mesmo período”, afirmou.

A empresa afirmou que a nova política de preços da Petrobras não traz informações suficientemente claras para garantir previsibilidade dos preços de combustíveis no Brasil.

“Por ser uma empresa dominante no mercado, esta premissa é base para garantir o abastecimento nacional e promover o desenvolvimento da indústria de óleo e gás. A ausência de previsibilidade dos preços de combustíveis desta nova política tende a afastar novos investidores e investimentos”.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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