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Petrobras (PETR4): O espaço na estatal para favorecer dividendos, segundo o Itaú BBA

10 set 2025, 15:40 - atualizado em 10 set 2025, 15:40
Petrobras PETR4 dividendos
(Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Flickr)

O Itaú BBA avalia que a Petrobras (PETR4) tem espaço para reduzir em até US$ 3 bilhões o capex projetado para 2026, o que seria suficiente para alcançar a meta de neutralidade da dívida no período — ou seja, financiar integralmente investimentos e dividendos sem ampliar o endividamento bruto.

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Segundo o banco, o plano estratégico vigente (2025–2029) prevê capex de US$ 19,6 bilhões em 2026, dos quais cerca de 81% já estão contratados. Assim, a margem de manobra está nos US$ 3,7 bilhões de projetos ainda não contratados, principalmente na exploração (SEAP 1 e 2, revitalização da Bacia de Campos) e no refino (UFN-III e Complexo Boaventura, antigo Comperj).

O Itaú BBA calcula que o adiamento desses grandes projetos por um ano poderia gerar uma redução próxima de US$ 3 bilhões no capex de 2026.

O banco lembra que alguns desses empreendimentos já enfrentam dificuldades de contratação, o que aumenta a chance de postergação no novo plano estratégico, previsto para novembro.

Outro ponto observado pelo Itaú BBA é o capex de leasing, que não entra na fórmula de dividendos. A estimativa inicial era de mais de US$ 5 bilhões por ano, mas a execução até agora indica algo próximo a US$ 3 bilhões. Se esse valor se repetir em 2026, o capex em caixa ficaria em torno de US$ 13,7 bilhões, diz.

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Com o petróleo tipo Brent a US$ 65 o barril, o Itaú BBA estima que reduzir o capex projetado para menos de US$ 17 bilhões eliminaria o descompasso entre geração de caixa e pagamento de dividendos, viabilizando a neutralidade da dívida.

O banco ressalta, no entanto, que existem possíveis desembolsos adicionais não incluídos na análise-base. Entre eles, o pagamento de bônus de assinatura no leilão de áreas do pré-sal não contratadas, estimado em cerca de US$ 1 bilhão, e uma potencial operação de M&A que marcaria a volta da Petrobras ao segmento de etanol, avaliada entre US$ 1–2 bilhões.

Juntos, esses fatores poderiam reduzir a geração de fluxo de caixa livre ao acionista (FCFE) em US$ 2–3 bilhões nos próximos meses, ainda conforme o banco.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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