Petrobras (PETR4): O impacto do leilão do pré-sal para a estatal, segundo o Itaú BBA
O Itaú BBA avaliou que os valores ofertados pela Petrobras (PETR4) e pela Shell no leilão realizado nesta quinta-feira (4) pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) ficaram em linha com o mínimo previsto no edital e compatíveis com as estimativas do banco.
No certame, as duas empresas — que já são sócias nos ativos — arremataram sem concorrência as participações da União nas áreas de Mero e Atapu, por um total de R$ 8,8 bilhões, enquanto Tupi não recebeu lances.
Segundo o Itaú BBA, a surpresa veio da participação da Petrobras no consórcio vencedor, que ficou em aproximadamente 80%, bem acima dos 45% a 50% esperados inicialmente pelos analistas.
Como resultado, a estatal terá um desembolso de R$ 7 bilhões, previsto para dezembro de 2025, maior que os R$ 5 bilhões projetados anteriormente para as três áreas.
O Itaú BBA explica ainda que essa fatia mais elevada significa que a Petrobras terá volumes de produção maiores do que o banco inicialmente calculava. Entretanto, esses volumes adicionais permanecem dentro da margem de ±4% da curva de produção projetada no Plano Estratégico 2026-2030 da companhia.
O leilão foi estruturado pelo Ministério de Minas e Energia como alternativa de geração de receita após a frustração da tentativa de elevar o IOF.
Mesmo com o resultado abaixo da estimativa inicial da União, a PPSA ressaltou que a ausência de propostas por Tupi não representa perda para o governo, que seguirá recebendo sua parcela do óleo produzido no campo.