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Petrobras (PETR4) pode redirecionar petróleo para Ásia devido à tarifa dos EUA, diz CEO

17 jul 2025, 13:03 - atualizado em 17 jul 2025, 14:11
Queda do petróleo assusta Petrobras (PETR4)
As exportações para os EUA representaram cerca de 4% do total de embarques de petróleo da Petrobras no primeiro trimestre (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

A Petrobras (PETR4) pode redirecionar o petróleo que vende para os Estados Unidos, enviando mais cargas para os mercados da Ásia e da Ásia-Pacífico devido às tarifas mais altas anunciadas pelos EUA sobre o Brasil, disse a presidente-executiva da estatal à Reuters nesta quinta-feira.

Embora as exportações de petróleo e gás representem uma parcela significativa dos embarques totais do Brasil para os Estados Unidos, a CEO da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que o mercado norte-americano não é essencial para a empresa.

“É pouca coisa (que a Petrobras exporta para os EUA). Em geral, não estamos muito preocupados, dá para realocar”, disse Chambriard, em seu primeiro comentário público sobre a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ao Brasil na semana passada.

As exportações para os EUA representaram cerca de 4% do total de embarques de petróleo da Petrobras no primeiro trimestre.

Também é improvável que os EUA sintam um grande impacto se o Brasil interromper as exportações, já que o país sul-americano forneceu menos de 3% do petróleo que os EUA consumiram até agora em 2025, segundo a consultoria StoneX.

As declarações de Chambriard ocorrem em meio à incerteza no Brasil sobre se a nova rodada de tarifas, que entrará em vigor em 1º de agosto, impactará o petróleo. A commodity estava isenta das tarifas anteriores de 10% impostas por Trump.

Em derivados de petróleo, as exportações da Petrobras para os EUA representaram 37% de um total de 209 mil barris por dia no primeiro trimestre, mas analistas disseram à Reuters que o volume também poderia ser redirecionado para outros países com facilidade.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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