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Petrobras (PETR4): Política de preços de combustíveis volta ao centro das atenções ‘de uma forma positiva’, avalia BTG

09 jul 2024, 15:25 - atualizado em 09 jul 2024, 15:25
petrobras
BTG Pactual avalia positivamente aumento nos preços da gasolina e do gás de cozinha pela Petrobras (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

A Petrobras (PETR4) anunciou ontem (08) um aumento nos preços da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras. Para o BTG Pactual, o movimento trouxe a política de preços de combustíveis de volta ao centro das atenções, mas de uma forma positiva.

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Tendo em vista os preços do petróleo voltando a US$ 85-90/bbl ( alta 11% no acumulado do ano) e o real se desvalorizando 13% desde o início de 2024, os analistas pontuam que a especulação sobre o momento dos ajustes de preços de combustíveis da Petrobras vinha aumentando nos últimos dias.

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Na visão do BTG, dois pontos tornam o anúncio bem-vindo:

  • Reiteração da mensagem da nova CEO de continuidade com a política de preços da administração anterior;
  • Movimento mostra que a governança da Petrobras continua em vigor, provavelmente reduzindo as preocupações entre os investidores mais pessimistas.

Para a Genial Investimentos, o evento foi positivo, ainda que o reajuste tenha sido insuficiente para “fechar” o deságio que observam no cálculo de PPI (Preço de Paridade de Importação).

Os analistas da casa destacam que o tracking tinha observado um expressivo aumento no preço da paridade devido à expressiva desvalorização do real frente ao dólar.

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“A empresa é um case longe de ser caro e negocia em patamares interessantes. Como principais riscos permanecem a possibilidade de deságio em relação à paridade e, principalmente, novo plano de investimentos da empresa que por sua vez deve ser apresentado apenas no próximo planejamento estratégico”.

A Genial tem recomendação neutra para o papel com preço-alvo de R$ 47.

BTG espera que os fundamentos da Petrobras prevaleçam

Os analistas do BTG lembram que há quase um ano elevaram a recomendação de Petrobras para compra, tendo como argumento que, apesar dos volumosos pagamentos de dividendos, este fator era mais um resultado do que uma premissa para a visão positiva do banco sobre a petrolífera.

Nesse sentido, eles apontam que a verdadeira justificativa para a indicação foi a confiança nos estatutos da empresa e na lei das estatais que, ainda que não projetam completamente a companhia de interferência política, permitem que a estratégia de alocação de capital da empresa permanecesse focada no segmento de Exploração & Produção (E&P) e em projetos específicos de downstream (fase final da cadeia de fornecimento de petróleo).

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Com isso, os analistas veem o ciclo de alta geração de caixa e dividend yields (rendimentos de dividendos) atraentes sendo perpetuado. O BTG ainda vê a Petrobras negociada com um yield de 17% nos próximos 12 meses, supondo que:

  • (i) o capex em 2024 esteja 20% abaixo do guidance;
  • (ii) produção de petróleo de 2,28mb/d;
  • (iii) preço do petróleo de ~US$ 80/bbl, (iv) dividendos extraordinários de US$ 4,8 bilhões;
  • (v) fusões e aquisições de US$ 2 bilhões.

Sobre o argumento de investidores de que, após o pagamento de dividendos extraordinários, o yield recorrente da empresa de 11% (Brent a US$ 70/bbl) é baixo, dados os riscos, o BTG aponta que isso representa um desconto de 16% em relação aos pares globais e de 30% em relação aos pares de mercados emergentes.

“Isso também ignora o fato de que a Petrobras tem sido capaz de entregar consistentemente o guidance de produção com menos capex, permitindo revisões positivas nas estimativas de geração de caixa (FCFE) do consenso de mercado”.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo de R$ 49.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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