BusinessTimes

Petrobras (PETR4): Por que as próximas semanas serão importantes para o futuro dos dividendos

25 abr 2023, 15:51 - atualizado em 25 abr 2023, 15:51
Petrobras
Decidida a nova diretoria, o governo pode imediatamente fechar a nova política de dividendos da Petrobras, reforça o BBI (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

As próximas semanas serão decisivas para a Petrobras (PETR4), visto que uma nova política de dividendos pode ser acertada, na opinião do Bradesco BBI.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No dia 27 de abril, deve acontecer a assembleia geral ordinária de acionistas da estatal. No evento, a Petrobras deve eleger a nova diretoria, com oito nomes a ser escolhidos na ocasião – sendo que dois provavelmente serão eleitos por acionistas minoritários e seis pelo governo.

O governo chegou a mandar mais de 10 nomes para análise, sendo que quatro foram rejeitados pelo Comitê de Pessoas da companhia – Pietro Mendes, Sergio Rezende, Efrain Cruz, and Renato Galuppo.

De acordo com a Bloomberg, que ouviu fontes a par do assunto, o governo brasileiro planeja seguir com a indicação de nomes que não foram aprovados nas auditorias internas da Petrobras para compor o conselho da estatal.

O BBI lembra que já aconteceu de o governo insistir nos nomes que não foram aprovados pelo comitê. Portanto, o novo governo poderia fazer a mesma coisa e seguir as indicações.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que acontece depois disso?

Decidida a nova diretoria, o governo pode imediatamente fechar a nova política de dividendos da Petrobras, reforça o BBI.

Segundo a corretora, se a companhia realmente se importa com o seu valor de mercado, deve estabelecer um fluxo robusto e previsível de dividendos, capaz de resistir às mudanças de alocação de capital e às flutuações do petróleo.

“A pergunta que temos recebido dos investidores recentemente é: em qual nível de payout vocês acreditam que as ações da Petrobras reagiriam positivamente (assumindo que os dividendos do quarto trimestre de 2022 sejam aprovados)”, levantam os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka, em relatório publicado na semana passada.

A isso, o time análise toma a Vale (VALE3) como exemplo. Espera-se que a companhia de commodities do setor privado pague, considerando recompras de ações, 14% de yield em 2023.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Como uma companhia estatal, a Petrobras não deve pagar muito menos”, destacam Falanga e Sadka. “Acreditamos que qualquer política anunciada com um payout de até 50% do lucro líquido não causaria uma reação muito grande na ação.”

Segundo o BBI, um payout de 50% se traduziria em pagamento de US$ 12 bilhões, considerando resultados de US$ 24 bilhões para este ano e US$ 90/barril do petróleo Brent, o que representaria um yield de 16%, bem próximo ao da Vale. “Qualquer coisa acima disso poderia resultar em uma apreciação bastante forte”, completa.

Segundo o BBI, se a Petrobras quer terminar o primeiro trimestre de 2023 com níveis de caixa similares ao do quarto trimestre do ano passado, poderia pagar até US$ 7 bilhões em dividendos no melhor cenário.

“O lucro líquido seria perto de US$ 6-6,5 bilhões. Por isso, nosso cenário-base está entre US$ 3-4 bilhões declarados. Quanto mais, melhor”, completam os analistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A recomendação é “neutro”, com preço-alvo de R$ 26 para as ações da petroleira. A Petrobras divulga seu balanço no dia 11 de maio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar