Petrobras (PETR4): Por que a expectativa por dividendos extraordinários aumentou
É provável que a Petrobras (PETR4) anuncie neste ano o pagamento de dividendos extraordinários, dizem parte dos analistas do mercado, em uma reversão ao cenário projetado até poucos meses atrás.
Até então, a política tarifária dos Estados Unidos era vista como o principal entrave ao pagamento de proventos turbinados, uma vez que o conflito tenderia a impactar a demanda global pelo petróleo.
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No entanto, as tensões entre Irã e Israel, aliadas a declarações de integrantes do governo brasileiro, tem alimentado as expectativas dos investidores por proventos extras.
Por um lado, a guerra entre os dois países já leva o petróleo da faixa dos US$ 60 para os atuais US$ 80. Em paralelo a isso, o governo tem sinalizado que deve contar com os dividendos da Petrobras.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse neste mês que o governo negocia dividendos extraordinários das estatais, entre outras questões, para atender a meta fiscal de 2025.
Já nesta semana, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a empresa fará “muito esforço” para pagar dividendos extraordinários neste ano, mas ponderou que vê o mercado de petróleo como fator importante para isso acontecer.
Para o analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, a “trajetória já está dada” para o pagamento de proventos. “Vai ter dividendos extraordinários porque o governo vai querer os proventos para [ajudar] fechar a conta do ano”, disse durante o Giro do Mercado de sexta-feira (20).
Ele defendeu a exposição a empresa por conta do patamar de preço diante dos conflitos geopolíticos e a possibilidade de “rali eleitoral”.
Para os analistas Vicente Falanga e Ricardo França, do Bradesco BBI e Ágora, os comentários da CEO enfatizam que os dividendos extraordinários estão entre as principais alocações de capital da empresa.
Eles disseram acreditar que a capacidade da empresa de pagar os proventos provavelmente dependerá de quanto tempo o petróleo permanecer na faixa de US$ 70 a 80/barril.
Em abril, o Bradesco BBI removeu a premissa de um pagamento extraordinário de US$ 2 bilhões da Petrobras.
