Empresas

Petrobras (PETR4): Pré-sal segue como diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, diz BBA

11 dez 2025, 15:19 - atualizado em 11 dez 2025, 15:21
petrobras
petrobras (Imagem: Agência Petrobras)

Os ativos do pré-sal continuam sendo o principal ponto de atração da Petrobras (PETR4), graças ao baixo lifting cost, alta produtividade e potencial de crescimento orgânico das reservas, disse o Itaú BBA. Segundo o banco, esses fatores permitem que a companhia atravesse períodos de preços mais baixos do petróleo sem reduzir produção, ao contrário de produtores de shale nos Estados Unidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apesar do bom desempenho operacional, o relatório aponta que o atual dividend yield em um dígito tem levado investidores a reduzir posição no papel. Em anos anteriores, quando o retorno aos acionistas chegava a cerca de 20%, o apetite era maior.

O Itaú BBA observa que a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da Petrobras para cortar capex nos próximos dois anos, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta.

Além disso, a entrada da companhia no segmento de etanol apareceu como tema recorrente nas reuniões: embora o investimento seja pequeno no conjunto do capex, a maioria dos investidores prefere foco nas operações principais e vê com cautela participações minoritárias fora do upstream.

O banco também menciona que investidores pedem mais clareza sobre a escala desses movimentos ligados à transição energética e discutem os possíveis impactos de mudanças de governo sobre o direcionamento estratégico e o planejamento de capex da estatal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dividendos da Petrobras

O Itaú BBA informou que, em reuniões com o CFO da Petrobras, Fernando Melgarejo, a companhia reafirmou que pretende preservar a política de dividendos. Segundo o banco, caso o Brent caia para um cenário mais pessimista, contratos já aprovados serão mantidos, mas novos investimentos podem ser suspensos – conforme dito pela empresa também anteriormente.

A Petrobras também reiterou que entregará o capex previsto para 2026. Esse valor pode até aumentar caso a plataforma P-80 seja antecipada de 2027 para 2026, o que elevaria os gastos no próximo ano e reduziria os de 2027. Para o Itaú BBA, isso reforça a confiança da estatal em atingir a meta de produção de 2,5 milhões de barris por dia, com possibilidade de chegar a cerca de 2,6 milhões de barris por dia.

O banco destaca ainda que os cortes de custos virão principalmente de despesas ligadas a plataformas hibernadas, com reduções graduais ao longo de 2026, e da queda do lifting cost para algo próximo de US$ 5,5 por barril. Também houve redução relevante no uso de plataformas arrendadas, substituídas por unidades próprias, diminuindo a necessidade de renovação de contratos em períodos de taxas elevadas, disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
Linkedin
Por dentro dos mercados

Receba gratuitamente as newsletters do Money Times

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar