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Petrobras (PETR4): Sem dividendos extraordinários, bancos derrubam recomendação para as ações

08 mar 2024, 15:43 - atualizado em 08 mar 2024, 15:43
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Ações da Petrobras: Bradesco BBI, Santander e Bank of America cortaram recomendação para neutra (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

Com a frustração da falta de dividendos extraordinários, a Petrobras (PETR3;PETR4) vive nesta sexta-feira (8) um dia de caos na bolsa brasileira.

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As ações da companhia estatal lideram as quedas do Ibovespa no pregão, com baixas acima de 8% esta tarde tanto para as ordinárias quanto para as preferenciais.

A forte reação já era prevista por analistas do mercado antes mesmo da abertura, considerando que a expectativa pelo mercado em relação aos dividendos era grande.

Como um efeito cascata, grandes bancos derrubaram a recomendação para a petroleira. Bradesco BBI e Santander cortaram a ação para classificação neutra diante da decisão da empresa de reter caixa.

O BBI destaca que a decisão traz incertezas à atual política de remuneração aos acionistas, recentemente atualizada pela companhia.

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Atualmente, a Petrobras distribui 45% do seu fluxo livre de caixa em dividendos, contra a política anterior de distribuição de 60%.

A nova política também diz que, em casos excecionais, a companhia pode realizar a distribuição de remuneração extraordinária aos acionistas, superando o dividendo mínimo obrigatório e/ou os valores estabelecidos pela nova política.

Retorno de dividendos da Petrobras não está mais atraente

Com a decisão tomada pelo conselho de administração da Petrobras, o BBI acabou reduzindo as estimativas para os dividendos extraordinários, de US$ 5 bilhões ao ano para US$ 2 bilhões (além dos pagamentos mínimos de US$ 9,6 bilhões para o restante de 2024 e US$ 7,8 bilhões para 2025).

As novas estimativas trariam um rendimento de dividendos esperado menor, de 12% para 9% em 2024 e 9% em 2025 – e com potencial downside (queda) adicional.

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“Como resultado, não vemos mais o rendimento de dividendos da Petrobras como atraente em comparação a seus pares globais”, afirmam Vicente Falanga, do BBI, e Ricardo França, da Ágora Investimentos, em relatório divulgado hoje.

Já o Santander entende que, apesar dos fortes fundamentos, sem os dividendos extraordinários, a visibilidade sobre a alocação de capital no curto prazo caiu de maneira significativa, “especialmente dada a posição de caixa esperada de US$ 18 bilhões ao fim de 2023 (vs. a posição de caixa de referência de US$ 8 bilhões) e o apetite por M&A (fusões e aquisições)”.

“Sem os dividendos extraordinários, vemos a Petrobras sendo negociada com um dividend yield de ~9%, o que está amplamente em linha com os pares latino-americanos/europeus”, comenta o time de análise do banco.

Ainda, o Santander não vê gatilhos via fundamentos, tendo a maioria dos investidores já incorporado perspectivas otimistas.

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Além do corte de recomendação, o Santander reduziu o preço-alvo ao fim de 2024 do ADR (American Depositary Receipt) da Petrobras – PBR – a US$ 18. Para PETR3, o alvo sugerido é de R$ 47.

O BBI também cortou o preço-alvo das ações da Petrobras, de R$ 48 para R$ 41.

Seguindo a mesma linha de raciocínio, o Bank of America (BofA) também passou a ter recomendação neutra para a Petrobras, com preço-alvo de R$ 38 para a ação ordinária, conforme divulgado pelo BDM.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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