Petrobras (PETR4) tem mais um impulso após eleições; ação sustenta alta até o 2º turno?

A Petrobras (PETR3; PETR4) começou a semana em disparada, com alta de quase 9% na segunda-feira (3), após o primeiro turno das eleições. Nesta quarta (5), as ações voltam a subir cerca de 4%, dessa vez, devido ao corte da Opep+ na produção de petróleo.

O embate mais acirrado entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno das eleições deu gás para os papéis das estatais — tendo como destaque, além de Petrobras, Banco do Brasil (BBAS3), Sabesp (SBSP3), Cemig (CMIG4) e Banrisul (BRSR6).

Segundo Filipe Fradinho, analista da Empiricus Investimentos, o movimento de alta dessas empresas deve ser mantido até o segundo turno — marcado para 30 de outubro.

O analista explica que essas empresas, junto às dos setores imobiliário e de varejo, tendem a preferir governos de direita — mais intervencionistas —, por isso a reação positiva à força maior do que as pesquisas apontavam de Bolsonaro.

O chefe de pesquisas da Ativa Investimentos, Pedro Serra, lembra que a eleição por si só é o maior peso da bolsa. No entanto, o mercado já está se antecipando e adicionando risco. “O legislativo mais equilibrado e o aperto do primeiro turno podem ajudar em uma diminuição na percepção de risco”, diz.

Serra ainda reforça que o futuro das estatais ficará “ao sabor de pesquisas e tendências na reta final das eleições”.

Quem ganha e quem perde com cenário positivo para Bolsonaro? E para Lula?

O sócio e analista da Benndorf, Victor Benndorf, afirma que se o candidato à presidência do PT começar a perder liderança e a esperança de Bolsonaro aflorar, o consumo local e as estatais devem seguir em movimento de recuperação.

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Do outro lado, as empresas educacionais — beneficiadas pelo plano de governo de Lula — devem seguir para baixo.

Caco Lula mantenha ou amplie a liderança para o segundo turno, o cenário acima deve se inverter, afirma Benndorf.

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