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Petrobras (PETR4): Ventos favoráveis podem chegar ao fim; ‘reversão de tendência’, sustenta analista

06 dez 2023, 19:50 - atualizado em 07 dez 2023, 1:28
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O petróleo pesa. Só nesta sessão, o brent, referência, tomba mais 3,05%, negociado a US$ 74 (Imagem: Agência Petrobras)

A Petrobras (PETR3;PETR4) fechou a sessão desta quarta-feira (6) com tombo de quase 4%, refletindo a fraqueza do petróleo, que chegou na mínima de cinco meses.

Para Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, porém, a queda pode sinalizar algo maior do ponto de vista da análise gráfica.

“A Petrobras vinha subindo a bastante tempo, operando perto de suas máximas, mas de uns 3 meses para cá, ela já vem perdendo força compradora e ficou um pouco lateralizada, hoje ela está perdendo algum fundo de alguns meses atrás lá nos R$ 34, começando a operar abaixo disso, sinalizando uma reversão de tendência. Pode começar a entrar em uma tendência de baixa”, alerta.

O petróleo também pesou. Só nesta sessão, o brent, referência para a estatal, caiu 3,8%, a US$ 74.

Peso da lei das estatais para a Petrobras

Por último, Cunha lembra que há na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento da Lei das Estatais de permitir ou não indicações políticas.

“Por enquanto isso está meio que liberado, mas você tem um julgamento que pode ou liberar de vez. Esse risco sempre pesou negativamente contra a Petrobras já enquanto o petróleo estava subindo”, completa.

A Advocacia-Geral da União (AGU) deflagrou uma ofensiva no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar a retomada de algumas restrições para que políticos ocupem cargos de direção de estatais

O que está em jogo é uma decisão dada pelo então ministro do STF Ricardo Lewandowski em março, antes de se aposentar, que suspendeu os efeitos do trecho da Lei das Estatais que restringe indicações de conselheiros e diretores a empresas públicas e sociedades de economia mista que sejam titulares de alguns cargos públicos ou que tenham atuado, nos três anos anteriores, na estrutura decisória de partido político ou na organização e na realização de campanha eleitoral.

A Lei das Estatais foi aprovada pelo Congresso em 2016 na esteira dos escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e outras empresas públicas investigadas pela Operação Lava Jato.

Com Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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