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Petrobras pode ter criado um “desconto” proposital da gasolina para os preços internacionais

21 nov 2021, 14:34 - atualizado em 21 nov 2021, 14:34
Etanol Gasolina Combustíveis
“Se a empresa está colocando esse deságio na conta, existe a possibilidade de que haja um reajuste negativo de gasolina nos próximos dias”, diz o economista da Ativa (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

A Petrobras (PETR3; PETR4) pode ter criado um tipo de “desconto” proposital no preço da gasolina em relação aos valores internacionais.

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Segundo uma análise da Ativa Investimentos, há um potencial de alta atual de 6% no preço brasileiro, porém isso não quer dizer que ele será feito.

“Nos últimos reajustes, a Petrobras fez elevações deixando, em média, 14% de potencial altista para trás, o que atribuíamos a uma defasagem temporal na correção”, avalia o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.

Segundo ele, este “resto de reajuste” é atribuído ao processo de estabilização dos preços para a tomada de decisão da companhia.

“Deste modo, começam a circular hipóteses que o benchmark da companhia não é a zeragem completa da defasagem, mas sim um patamar mais baixo, a fim de garantir market share”, analisa Sanchez.

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Ele avalia que, no longo prazo a estratégia pode gerar arbitragem, mas no curto prazo é completamente cabível.

“De todo modo, se a empresa está colocando esse deságio na conta, existe a possibilidade de que haja um reajuste negativo de gasolina nos próximos dias”, pontua.

O problema, diz o especialista, é a possível perda de previsibilidade.

“Avaliamos que, apesar de estratégico, a empresa perde um de seus argumentos para ampliar a defasagem temporal de correção que é o de previsibilidade. Ao adicionar esse deságio na conta, discricionário, ou pelo menos pouco transparente, a empresa traz imprevisibilidade para as projeções”, conclui.

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
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