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Petrobras prevê produção menor em 2021 sob impacto de Covid

26 nov 2020, 13:24 - atualizado em 26 nov 2020, 13:24
Petrobras
No terceiro trimestre, a estatal havia elevado a estimativa de produção para o ano para 2,84 milhões de barris por dia em relação a 2,7 milhões anteriormente (Imagem: Petrobras/Flick)

A Petrobras (PETR4) projeta produção ligeiramente menor em 2021 por causa das vendas de ativos e atividades de manutenção atrasadas pela Covid-19 em plataformas offshore.

Durante os primeiros nove meses de 2020, a Petrobras registrou crescimento acima do esperado, em parte porque não tinha funcionários suficientes em navios offshore para as várias paradas de manutenção.

No terceiro trimestre, a estatal havia elevado a estimativa de produção para o ano para 2,84 milhões de barris por dia em relação a 2,7 milhões anteriormente.

Para 2021, a produção deve cair ligeiramente para 2,75 milhões de barris por dia e, em seguida, crescer novamente até alcançar 3,3 milhões em 2025 com 13 novos sistemas de produção em funcionamento, disse a empresa na quarta-feira em comunicado sobre o plano estratégico 2021-2025.

A Petrobras conseguiu expandir a produção neste ano apesar dos preços mais baixos e do excesso de oferta, que abalou petroleiras de menor porte em outras regiões, como no setor de gás de xisto dos EUA. A pausa no crescimento da Petrobras chega em um momento em que a Opep+ avalia quando bombear mais barris no mercado, que registrou rápida valorização dos preços neste mês.

Dos US$ 55 bilhões em investimentos da Petrobras para 2021-2025, US$ 32 bilhões são destinados ao pré-sal. Daqui para frente, a Petrobras planeja se concentrar nesses campos e apenas aprovar projetos ainda lucrativos com o Brent a US$ 35 o barril, segundo a estatal. O investimento é 27% menor em relação ao plano de cinco anos anterior, de US$ 75,7 bilhões, divulgado antes que a Covid alterasse as perspectivas para a demanda por petróleo.

O programa de desinvestimentos da Petrobras tem mais de 50 ativos em diferentes estágios de venda, e a petroleira mantém a meta de reduzir a dívida bruta para US$ 60 bilhões até 2022.

A empresa também prometeu reduzir as emissões operacionais totais em 25% até 2030 e elevar as metas de segurança interna.

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