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Petrobras prova que boa gestão compensa até prejuízo bilionário

31 jul 2020, 12:51 - atualizado em 31 jul 2020, 12:51
Plataforma da Petrobras
Por cima: esqueça o prejuízo e foque nas virtudes da Petrobras, dizem analistas (Imagem: Divulgação/ Petrobras)

O prejuízo de R$ 2,7 bilhões reportado pela Petrobras (PETR3; PETR4) no segundo trimestre foi tratado com indulgência pelos analistas, nos primeiros relatórios divulgados nesta sexta-feira (31).

Já os investidores parecem apáticos em relação à empresa, no pregão de hoje. Ás 12h46, enquanto o Ibovespa operava com uma forte queda de 1,18% e marcava 103.773 pontos, as ordinárias da Petrobras subiam 0,94%, negociadas por R$ 23,54. Já as preferenciais caíam 0,66%, para R$ 22,67.

Quem já se manifestou prefere destacar a habilidade da companhia de reduzir custos e atravessar com segurança essa que é considerada uma das piores crises do mercado mundial de óleo e gás.

Regis Cardoso, que assina o relatório do Credit Suisse obtido pelo Money Times, afirma que “o segundo trimestre de 2020 não foi um trimestre comum para as companhias de petróleo ao redor do mundo. A indústria de óleo e gás navegou pelas águas muito turbulentas de uma crise sem precedentes”.

Firme no leme

Diante deste cenário, o analista acrescenta que “contudo, a Petrobras o fez com relativa tranquilidade”. Segundo o Credit Suisse, entre os feitos que merecem elogios, está a capacidade da companhia de gerar fluxo livre de caixa, ao mesmo tempo em que reduz em R$ 2 bilhões sua dívida líquida.

O banco suíço classificou o desempenho como “um feito memorável em tempos tão difíceis, quando muitas outras petrolíferas de renome caíram, vitimadas pela baixa dos mercados detonada pela pandemia de Covid-19”.

Por isso, o Credit Suisse manteve a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para os papéis, com preço-alvo de US$ 15 para as ADRs (American Depositary Receipts) da companhia listadas em Nova York (PBR). A cifra representa uma alta potencial de 65% sobre o fechamento de ontem (30).

Controle preciso

Thiago Duarte, Pedro Soares e Daniel Guardiola, que assinam o relatório do BTG Pactual (BPAC11), também relevaram a última linha do balanço da estatal. “Resultado fracos, em meio a um dos ambientes mais desafiadores da indústria petrolífera em décadas, eram, de algum modo, previsíveis”, afirmam.

O trio acrescenta que, neste momento, é melhor olhar para as variáveis que podem ser controladas pela Petrobras. Nesta área, a estatal deixou uma boa impressão. “Considerando-se os fatores que pode controlar, a Petrobras continua a se sobressair”, diz o BTG Pactual.

O destaque é a redução do custo médio de produção para US$ 6,6 por barril de óleo equivalente, o mais baixo já obtido pela companhia, em decorrência da maior participação do pré-sal no mix de produção. Por isso, o BTG Pactual reiterou sua recomendação de compra, com preço-alvo de US$ 10 por ADR.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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