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Petrobras: rentabilidade de projetos cairá “significativamente”, diz UBS

18 mar 2020, 13:57 - atualizado em 18 mar 2020, 13:57
PETR3 PETR4 Petrobras
Menos atraente: Petrobras ainda é a preferida do UBS, mas rentabilidade vai encolher (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

A Petrobras (PETR3; PETR4) iniciou o ano como a preferida do UBS entre as petrolíferas latino-americanas. Embora ainda sustente essa distinção, a estatal brasileira ficou mais longe de atingir as expectativas do banco suíço, devido à queda recente da cotação do petróleo.

Em relatório assinado pelos analistas Luiz Carvalho e Gabriel Barra, o UBS afirma que o preço do barril deve se estabilizar em patamares menores que os previstos inicialmente. O banco esperava uma cotação média, para 2020, de US$ 60 para o tipo Brent e de US$ 64 para o WTI. Agora, as projeções são de US$ 41,50 e US$ 36,50, respectivamente.

A cotação de longo prazo projetada pelo banco é de US$ 70 para o tipo Brent. A tese inicial de investimentos do UBS na estatal se sustentava no forte fluxo de caixa, baseado numa curva crescente de produção e na racionalização de custos.

Além disso, o plano de desinvestimentos geraria, segundo os analistas, uma redução da interferência do controlador (no caso, o governo federal) sobre a gestão da Petrobras. A expectativa do UBS era de que tudo fosse concluído até meados de 2021.

Mudança de cenário

Agora, contudo, o banco afirma que “como já havíamos assinalado, com os preços menores do petróleo, acreditamos que a tese de investimentos para a Petrobras poderia mudar, em relação à que apoiamos recentemente”.

A primeira consequência seria a redução do ritmo dos desinvestimentos, já que os potenciais compradores dos ativos oferecidos pela estatal perderão o interesse, diante do cenário adverso.

Outro efeito previsto pelo UBS é a freada na queda do endividamento da companhia. “Deveremos ver os múltiplos da empresa pressionados, bem como uma considerável queda em suas finanças”, alerta o banco.

A dupla de analistas acrescenta que, “apesar da continua melhoria dos custos de extração, o novo cenário de preços provavelmente reduzirá significativamente os retornos em exploração e produção”.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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