Trimestre quente: Petrobras (PETR4) entrega alta acima do previsto e EUA mantêm ritmo forte
O setor de óleo e gás brasileiro, liderado pela Petrobras (PETR4), apresentou resultados sólidos no mais recente trimestre. Embora o cenário global continue desafiador, com flutuações no preço do barril, custos de extração elevados e incertezas regulatórias, a companhia conseguiu entregar um desempenho acima das expectativas, impulsionado por margens maiores nas operações de refino e exportação.

Para a Petrobras, o desempenho foi marcado por:
- Aumento da receita em função de preços internacionais mais altos e câmbio favorável;
- Melhora nas margens de refino e petroquímica, contribuindo para o resultado operacional;
- Controle mais rigoroso dos custos de produção e das perdas nas operações onshore/offshore.
Entretanto, o endividamento ainda requer atenção, e o investimento em transição energética segue como ponto de observação.

Para o quarto trimestre, o mercado estará atento à manutenção das margens, à evolução da carteira de projetos (especialmente no pré-sal) e à liquidez. O gráfico Value-Momentum, desenvolvido pelo Aleeph, mapeia as empresas segundo Valor e Momentum, identificando padrões de fluxo e comportamento coletivo.
Atualmente, a Petrobras — em USD — se encontra no quadrante Attractive, pois está descontada em relação aos seus fundamentos, comparáveis e múltiplos históricos, além de apresentar um momentum positivo, ou seja, uma tendência favorável com surpresa e revisões positivas.

Estados Unidos – Empresas de Óleo e Gás
Nos EUA, as grandes companhias do setor de petróleo e gás também têm apresentado resultados positivos, refletindo a robustez dos preços do petróleo, o aumento da demanda global e os esforços de eficiência operacional. Entre os players relevantes estão Exxon Mobil Corporation, Chevron Corporation e ConocoPhillips.
Entre os destaques do trimestre, é possível mencionar:
- Lucros recordes ou próximos de recorde em algumas empresas, impulsionados por margens elevadas e menor capex (em comparação com ciclos anteriores).
- Dividendos elevados e recompra de ações como retorno direto ao acionista.
- Entretanto, pressões regulatórias — ambientais e ligadas à transição energética —, além da volatilidade dos preços do petróleo e dos cortes de produção por grandes players, permanecem como riscos estruturais.
- A carteira de novos projetos e a transição para energias mais limpas (carbono zero) são fatores que deverão pesar no horizonte médio e longo.