Petroleiras devem investir R$ 17 bilhões em campos terrestres após prorrogarem contratos, diz ANP

Petroleiras com atuação no Brasil devem investir cerca de R$ 17 bilhões em campos terrestres de óleo e gás cujos contratos originados na Rodada Zero foram prorrogados, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em comunicado nesta terça-feira.
Ao todo, 139 contratos foram prorrogados e seus novos planos de desenvolvimento foram aprovados pela autarquia em agosto. Os novos investimentos têm como objetivo elevar os fatores de recuperação dos campos e assegurar a continuidade sustentável da produção, disse a autarquia.
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“Tratam-se de contratos que se encerrariam em 2025 e cujas prorrogações foram solicitadas pelas operadoras dos campos”, disse a agência.
Apesar dos investimentos projetados, a produção de petróleo no mar é mais volumosa no país, concentrando a maior parte dos aportes no setor.
“Com a medida, estão previstos investimentos recordes no setor, bem como aumento na produção desses campos, trazendo segurança energética, empregos e arrecadação para o país.”
Com as prorrogações, a ANP prevê cerca de 600 milhões de barris de petróleo adicionais e de aproximadamente 72 bilhões de metros cúbicos de gás.
A Rodada Zero ocorreu em 1998 como resultado da quebra do monopólio da Petrobras no setor de petróleo e gás natural, a partir da Lei do Petróleo. Com ela, houve a ratificação dos direitos da Petrobras sobre os campos em que já produzia e, desde então, outras petroleiras passaram a poder deter contratos para explorar campos no país.
A partir da prorrogação, estão previstas a perfuração e completação de 2.115 novos poços, além do recondicionamento de 5.546 poços já existentes e a intervenção em outros 1.039 poços já perfurados.
A ANP destacou ainda que os novos planos de desenvolvimento preveem um aumento dos fatores de recuperação de 22,56% para 26,34%, para o petróleo, e de 40,06% para 65,33% para o gás natural.