Petroleiras em alta: Petrobras (PETR4) disparam pelo 2º dia consecutivo

Pelo segundo dia consecutivo, as petroleiras ganharam força e operaram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta quarta-feira (11). As ações da Petrobras se destacaram com avanço de mais de 2%.
Os papéis ordinários (PETR3) encerraram com alta de 2,93%, a R$ 33,33, enquanto as ações preferenciais (PETR4) subiram 3,33%, a R$ 31,05 — sendo os papéis mais negociadas do mercado acionário doméstico com mais de 52,3 mil negócios.
Ontem (10), as ações da estatal fecharam com alta de mais de 3%.
Na sequência, Brava Energia (BRAV3) subiu 3,03%, a R$ 20,38; Prio (PRIO3) teve avanço de 1,74%, a R$ 43,31; e PetroReconcavo (RECV3) registrou ganhos de 2,70%, a R$ 15,23.
A disparada dos papéis das petroleiras acontece na esteira do desempenho do petróleo, que avançou mais de 4% e atingiu máxima em sete semanas. O contrato mais líquido do Brent, referência mundial, para agosto, encerrou as negociações com alta de 4,34%, a US$ 69,77 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
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O que impulsiona o petróleo hoje?
O forte avanço do petróleo pelo segundo dia consecutivo tem o acordo entre os Estados Unidos e a China como gatilho.
Os representantes comerciais dos dois países chegaram a um acordo preliminar após uma rodada de negociações, que durou dois dias, em Londres.
Segundo os negociadores dos EUA e da China, o acordo trata sobre as questões de envio de terras raras e ímãs chineses para empresas norte-americanas e ainda precisa ser aprovado pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.
O Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que ambos os lados estabeleceram uma estrutura para implementar a redução de tarifas estabelecida em Genebra. Com isso, os chineses prometeram acelerar os embarques de terras raras — metais essenciais para empresas automotivas e de defesa dos EUA — enquanto Washington reduziria alguns de seus próprios controles de exportação.
Na rede social Truth, Trump afirmou que ele e Xi vão trabalhar em conjunto para que o acordo funcione.
As tratativas entre as duas maiores economias do aconteceram após uma conversa telefônica entre Trump e o presidente chinês na semana passada. No início de maio, os países concordaram em reduzir as tarifas recíprocas por 90 dias.
As tensões geopolíticas entre os EUA e o Irã continuam no radar dos investidores e movimentam o mercado de petróleo, ainda que em segundo plano. Ontem (10), o chefe da Casa Branca disse que o Irã está “muito mais agressivo” nas negociações nucleares.
“O Irã está agindo de forma muito diferente nas negociações do que há poucos dias”, disse Trump em entrevista à Fox News. “Muito mais agressivo. É surpreendente para mim. É decepcionante, mas estamos marcados para nos reunir novamente amanhã. Veremos.”
Em resposta, o Irã ameaçou atacar bases americanas no Oriente Médio se as negociações nucleares fracassarem e surgir um conflito com os Estados Unidos.