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Petroleiras revertem valorização do início do dia; apenas PetroRio (PRIO3) mantém alta

18 jan 2022, 15:26 - atualizado em 18 jan 2022, 15:29
Petróleo
PetroRio tem ganhos na bolsa brasileira nesta terça-feira (18) (Imagem: REUTERS/Sergei Karpukhin)

As petroleiras brasileiras abriram o dia em alta consistente nesta terça-feira (18), seguindo a dinâmica do aumento de preços do petróleo em meio a preocupações com a oferta devido a tensões geopolíticas envolvendo Rússia, Ucrânia e Cazaquistão e, mais recentemente, Arábia Saudita e Iêmen.

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No entanto, a maioria das ações reverteram a tendência positiva e operam em queda nesta tarde.

Entre as empresas do setor listadas na bolsa, apenas PetroRio (PRIO3) mantém ganhos. Perto das 15h20, as ações da companhia subiam 3,37%, negociadas a R$ 23,59 cada.

Na máxima do dia até o momento, a companhia atingiu alta de 5,1%.

Os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) caíam 1,02%, cotados a R$ 31,18.

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As small caps 3R Petroleum (RRRP3) e PetroRecôncavo (RECV3) também apresentavam valorização no período, computando altas de, respectivamente, 0,38% e 0,1%.

O Ibovespa caminhava em queda de 0,41%, a 105.937,99 pontos.

Nesta terça, o petróleo Brent (UKOIL), negociado em Londres, atingiu a máxima desde 2014, a US$ 88 o barril. Às 15h20, horário de Brasília, a cotação atingiu US$ 87,08, representando uma alta de 0,69%.

O petróleo dos Estados Unidos (WTI), que chegou a bater US$ 85 o barril hoje, subia 1,21%, cotado a R$ 84,31 o barril.

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Analistas do Goldman Sachs acreditam que os preços do petróleo Brent podem superar os US$ 100 por barril em 2022, visto que o déficit continua “surpreendentemente grande”.

De acordo com o banco, questões como a escassez da commodity em países da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados) e a produção abaixo do esperado no Brasil e na Noruega compensarão o impacto da variante ômicron na demanda.

O Goldman prevê que a capacidade sobressalente da Opep+ cairá a níveis historicamente baixos, com aumento de 2,5 milhões de barris por dia na produção esperada para as próximas nove altas.

Em relatório mensal divulgado nesta terça, a organização manteve as estimativas para o crescimento na demanda global por petróleo em 4,2 milhões de barris por dia (bpd) em 2022, com consumo total de 100,8 milhões de bpd.

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No OCDE, a expectativa é de que a demanda aumente em 1,8 milhão de bpd, enquanto a demanda projetada em países que não são membros da organização é de crescimento de 2,3 milhões de bpd.

De acordo com a Opep, apesar do impacto menor do que o esperado da variante ômicron, as incertezas permanecem, com a possibilidade de novas variantes surgirem e restrições de mobilidade serem impostas, colocando em risco a recuperação da economia mundial.

Para a oferta brasileira, a Opep cortou as projeções de 3,84 milhões de barris por dia (bpd) para 3,82 milhões de barris diariamente em 2022.

Ao longo de 2021, a produção da commodity no mercado brasileiro apresentou performance aquém do esperado, com impactos pelo lado da pandemia do coronavírus e dos atrasos em projetos iniciais.

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A nova projeção para a oferta do Brasil representa um aumento de 190 mil bpd em relação a 2021. A Opep espera que a produção de petróleo bruto suba com o início de dois novos projetos: Mero-1 (Guanabara), inicialmente planejado para começar no ano passado, e Peregrino-Phase 2. Além disso, em Búzios, o Almirante Barrroso FPSO está previsto para começar as operações em 2022.

Investir em petróleo agora?

Gestora chama atenção para desconto das ações do setor (Imagem: REUTERS/Vasily Fedosenko)

Especialistas do mercado acreditam que agora é um bom momento para ter posição em petroleiras.

Fernando Siqueira, gestor da Infinity Asset, chama atenção para o desconto das ações do setor, especialmente em um momento em que os preços do petróleo atingem níveis não vistos há anos.

Siqueira também destaca que o setor de petróleo é uma indústria que tende a se recuperar ao longo do tempo à medida que a pandemia é controlada.

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Setores como turismo e transportes foram bastante impactados pelo coronavírus. Em um cenário de recuperação, o gestor vê a indústria de mobilidade – e, consequentemente, o petróleo – bem posicionada para se beneficiar da retomada.

A Infinity Asset tem como primeira opção a Petrobras, pois vê que a companhia está conseguindo repassar a alta dos preços do petróleo nos postos de combustíveis e é negociada na bolsa com múltiplos baixos.

A gestora também tem visão positiva sobre PetroRio e PetroRecôncavo, empresas que poderiam surfar a onda do aumento dos preços da commodity.

Matheus Spiess, da Empiricus, tem como escolhas na bolsa brasileira a Petrobras e a 3R Petroleum. No mercado internacional, as top picks são BP e Chevron, além do ETF (Exchange-Traded Fund, também conhecido como fundo de índice) SPDR S&P Oil & Gas Exploration & Production (XOP) e o fundo Vitreo Petróleo.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.