Mercados

Petróleo dispara mais de 5% com sanções dos EUA ao petróleo russo

23 out 2025, 10:59 - atualizado em 23 out 2025, 11:34
ação petróleo petroleira petrolífera C
(Imagem: Shutterstock/Montagem: Julia Shikota)

Os preços do petróleo estendem os fortes ganhos da véspera (22) e saltam mais de 5% na manhã desta quinta-feira (23) com uma nova escalada nas tensões geopolíticas.

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Por volta de 11h (horário de Brasília), os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para dezembro, tinham alta de 4,90%, a US$ 65,66 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro subiam 5,21%, a US$ 61,54 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. 

O que está acontecendo com o petróleo?

A escalada de tensão geopolítica, com destaque para o conflito entre Rússia e Ucrânia, teve início ainda na tarde da última quarta-feira (22).

Ontem, o The Wall Street Journal noticiou que o presidente norte-americano, Donald Trump, retirou uma restrição central sobre a Ucrânia, que impedia o uso de alguns mísseis de longo alcance providenciados por aliados Ocidentais, segundo autoridades do governo.

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Isso permitiria a Kiev escalar seus ataques contra alvos em território da Rússia e amplia a pressão sobre o Kremlin.

Horas depois da publicação, Trump negou a autorização para o uso de mísseis de longo alcance pelas forças ucranianas. Em uma publicação na rede social Truth, o chefe da Casa Branca afirmou que os EUA “não tem nada a ver com esses mísseis, de onde quer que venham, ou com o que a Ucrânia faz com elas”.

O governo Trump, por sua vez, impôs novas sanções às duas maiores empresas petrolíferas da Rússia, Rosneft e Lukoil, citando “a falta de comprometimento sério da Rússia com um processo de paz para acabar com a guerra na Ucrânia”.

O Tesouro norte-americano afirmou que estava preparado para tomar outras medidas, conforme pediu a Moscou que concordasse imediatamente com um cessar-fogo na guerra da Rússia na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022.

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“Dada a recusa do presidente Putin em acabar com essa guerra sem sentido, o Tesouro está sancionando as duas maiores empresas petrolíferas da Rússia que financiam a máquina de guerra do Kremlin”, disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em um comunicado. “Incentivamos nossos aliados a se juntarem a nós e a aderirem a essas sanções.”

O entendimento da Casa Branca é de que os ganhos com a venda de petróleo tem ajudado a Rússia a financiar a guerra na Ucrânia, em meio a tentativas de cessar-fogo frustradas mediadas pelo presidente Trump.

A Grã-Bretanha já havia sancionado as duas petroleiras na semana passada. Além disso, os países que compõem a União Europeia também aprovaram o 19º pacote de sanções à Rússia, que inclui a proibição de importações de gás natural (GNL) russo.

Na avaliação do UBS, o impacto das sanções no mercado dependerá da reação da Índia — que é o maior comprador de petróleo russo e já se comprometeu a reduzir as compras da commodity em negociações comerciais com os EUA.

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Apesar da escalada de tensão, o banco espera que o Brent permaneça na faixa de US$ 60 a US$ 70 o barril, em meio as preocupações com excesso de oferta após os aumentos de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+).

*Com informações de CNBC e Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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