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Petróleo barato pode acelerar transição verde, diz CEO da Enel

20 mar 2020, 10:35 - atualizado em 20 mar 2020, 10:35
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A fraca demanda já havia reduzido os custos de energia antes que a guerra de preços entre Rússia e Arábia Saudita pressionasse ainda mais os preços do petróleo (Imagem: Unsplash/@milkandbourbons)

O duplo golpe do coronavírus e da queda dos preços do petróleo não devem atrasar a transformação econômica verde sob a qual a Enel tem construído seu futuro, disse o CEO Francesco Starace.

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Em entrevista, o executivo disse que o investimento em energia renovável continuará e que a crise pode até enfraquecer as iniciativas que têm como objetivo atrasar a mudança.

A gigante italiana da eletricidade gera 43% da energia a partir de fontes renováveis e planeja aumentar a capacidade renovável para 60% em seu plano estratégico até 2022.

“O desenvolvimento de fontes renováveis não desacelerou”, disse Starace. “Se, em alguns meses, tivermos a situação de saúde sob controle, muitos investimentos terão que ser acelerados.”

A fraca demanda já havia reduzido os custos de energia antes que a guerra de preços entre Rússia e Arábia Saudita pressionasse ainda mais os preços do petróleo. Isso torna o argumento econômico das energias renováveis ainda mais convincente, disse Starace.

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“A queda dos preços da eletricidade tira espaço das forças lobistas que eram ideologicamente opostas e permanecem opostas às fontes renováveis”, afirmou. “Temos demanda de grandes clientes que decidiram seguir com as renováveis por razões econômicas.”

Na quinta-feira, a Enel divulgou aumento de 17,4% no lucro líquido ordinário, para 4,8 bilhões de euros (US$ 5,1 bilhões). A empresa não espera que o surto de vírus afete as operações em 2020 e disse que os fornecedores chineses de painéis solares já retomaram a produção.

“Nossas cadeias de suprimentos e trabalhadores estão seguros, portanto, não há dificuldades operacionais de médio prazo”, afirmou Starace. “Se percebermos que os pessimistas estão certos, podemos modular com segurança os investimentos e ainda respeitar nossos compromissos.”

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