Petróleo cai após Ucrânia sinalizar acordo de paz e elevar temor de revisão de sanções à Rússia
Os preços do petróleo aprofundaram as perdas nesta terça-feira (25) após sinais de que a Ucrânia deu aval preliminar a um acordo de paz articulado pelos Estados Unidos. Por volta das 11h20, o WTI caía 2,39%, negociado a US$ 57,51, enquanto o Brent recuava 2,17%, para US$ 61,35.
A possibilidade de um avanço diplomático reacendeu expectativas de flexibilização das sanções impostas à Rússia, aumentando a percepção de que a oferta global de petróleo pode crescer em um momento em que o mercado já enfrenta excesso de barris.
A reação negativa do mercado ganhou força depois de informações de que representantes de Washington e Kiev teriam progredido nas conversas realizadas nos últimos dias em Genebra. Um funcionário dos EUA disse à CBS News que a Ucrânia “aceitou o acordo de paz”, ressaltando que ainda faltam ajustes finais antes da conclusão.
Em uma publicação no X, Rustem Umerov, secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, descreveu as reuniões como construtivas e reconheceu o empenho do presidente Donald Trump em buscar o encerramento da guerra. Ele afirmou que os dois lados chegaram a um entendimento sobre os principais pontos discutidos e que Kiev aguarda o respaldo das nações europeias para avançar.
Umerov também mencionou a possibilidade de uma visita do presidente Volodymyr Zelensky aos Estados Unidos em novembro, onde o acordo poderia ser formalizado durante um encontro com Trump.
A perspectiva de um cessar-fogo fortalece a visão de que restrições ao setor energético russo podem ser revistas, o que tende a pressionar ainda mais os preços internacionais do petróleo.
Enquanto as negociações entre EUA e Ucrânia aconteciam na Suíça, o secretário do Exército americano, Dan Driscoll, esteve em Abu Dhabi para conversas com autoridades russas. Até o fim da manhã, o governo de Moscou não havia comentado o possível avanço das tratativas de paz.