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Petróleo: Chevron (CVX) e ExxonMobil (XOM) jorram lucros trimestrais recordes; barril cai com recessão voltando a assombrar investidores

28 out 2022, 18:58 - atualizado em 28 out 2022, 18:58
Petróleo Europa Total
Petróleo tem dia negativo, com recessão voltando ao radar dos investidores (Imagem: REUTERS/Stephane Mahe)

O petróleo encerrou a sexta-feira (28) em queda, com investidores voltando a pesar efeitos de uma possível recessão no consumo da commodity.

Às 17h30, após o fechamento do mercado, o WTI (referência americana) e o Brent (referência internacional) futuros operavam em queda de 0,75% e 0,83%, respectivamente. Com o resultado do dia, o Brent continua próximo dos US$ 96/barril.

O movimento negativo nos mercados ressoa mais sinais de desaceleração vindos da China, como visto pela queda de 5,6% dos lucros no acumulado de 2022 da Sinopec, a maior refinaria da China e da Ásia.

A companhia citou os lockdowns de covid-19 e uma menor demanda doméstica pela commodity como sendo os principais motivos para o freio das atividades de refino.

ExxonMobil e Chevron colocam novos recordes

Apesar do dia marginalmente negativo para os mercados do petróleo, Exxon Mobil e Chevron, as duas maiores companhias de energia dos Estados Unidos, fecharam o pregão em terreno positivo.

Ambas tem o que comemorar: as companhias reportaram lucros recordes em seus resultados trimestrais, batendo as expectativas do mercado e desafiando os prospectos macroeconômicos adversos.

A Exxon Mobil (XOM) teve lucro líquido recorde US$ 19,66 bilhões no terceiro trimestre de 2022, equivalente a US$ 4,68 por ação. O resultado é quase três vezes maior do que o ganho de US$ 6,75 bilhões (US$ 1,57 por ação) que a maior petrolífera dos Estados Unidos apurou em igual período de 2021. As ações subiram 2,93%.

Chevron (CVX), por sua vez, registrou hoje um lucro líquido de US$ 11,231 bilhões no terceiro trimestre de 2022, uma expansão de 80% do lucro aferido na mesma etapa de 2021. A cifra apresentada hoje no balanço corporativo é a segunda maior da história da companhia. As ações da empresa avançaram 1,17% no pregão do dia.

As duas empresas citaram um forte desempenho de volume, incluindo produção recorde de refino, maior controle de custos e maior prospecção em gás natural, neutralizando as realizações de petróleo mais baixas e menor lucro da atividade de refino na indústria.

As empresas se beneficiaram do aumento de demanda doméstica e internacional, à medida que restrições de oferta vindas da Rússia — penalizada pelo bloco do Ocidente pela guerra na Ucrânia — abriram mais parcelas de mercado para as companhias.

A queda de 17% do preço da commodity entre julho e setembro também ajudou a acalmar a inflação de combustíveis  no trimestre, exercendo um efeito positivo sobre a demanda pela matéria-prima e seus derivados.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.