Petróleo

Petróleo despenca com aposta em guerra ‘confinada’ e ansiedade ante decisões monetárias

30 out 2023, 19:28 - atualizado em 31 out 2023, 13:12
Petróleo WTI Brent Israel-Hamas
Petróleo despencou em sessão guiada por temor de recessão. (REUTERS/Mohammed Salem)

Os contratos futuros de petróleo terminaram a sessão desta segunda-feira (30) com fortes perdas, ecoando temores de desaceleração econômica nas principais economias do mundo.

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Ao fim da sessão,  o Brent e o WTI perderam mais de 3%. Com isso, o WTI, a referência negociada nos Estados Unidos, retorna a níveis anteriores ao início do conflito Hamas-Israel, em 7 de outubro; já o Brent retorna à cotação vista no dia 12 de outubro.

O recuo do petróleo ocorre em um momento de assentamento das tensões geopolíticas, com Israel postergando a invasão terrestre em Gaza e o autoridades do Irã moderando o discurso sobre uma participação direta do país no conflito que completa hoje 23 dias.

Ainda assim, proxies do regime de Teerã — como o Hezbollah, no Líbano, e milícias armadas na Síria — continuam trocando hostilidades com o Exército israelense, mantendo o temor de que o conflito escalone para uma guerra regional.

Ademais, a deterioração das relações diplomáticas entre Israel e Turquia e o incidente envolvendo perseguição a judeus em aeroporto no Cáucaso russo também deixam observadores internacionais preocupados.

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O Banco Mundial divulgou um relatório sobre a encruzilhada do petróleo. Para os analistas da instituição, o cenário provável é que o conflito permaneça concentrado nas linhas de Gaza, o que pode confinar o petróleo à média de US$ 81 por barril.

O banco, no entanto, não descarta a possibilidade de uma “espiral do caos” na região, com o envolvimento de outros atores. Para o pior dos casos, os analistas do Banco Mundial imaginam uma disparada de 75% do preço do petróleo ao longo de 2024, aos US$ 157 por barril. 

Petróleo: desaceleração das economias fica no radar em semana de decisões monetárias

Fora do escopo da guerra, investidores da commodity voltaram a dar maior peso aos sinais de desaceleração econômica nas economias ocidentais.

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Depois de ter crescido 4.9% no terceiro trimestre, a expectativa é que os Estados Unidos ingressem em uma trajetória de crescimento econômico de baixa magnitude, com piora nos indicadores de consumo.

Nesse sentido, investidores devem aguardar atenciosamente a decisão monetária do Federal Reserve, marcada para esta quarta-feira (1). Qualquer sinalização mais hawkish deverá proporcionar mais pressão de venda sobre os contratos, à medida que a escalada dos juros coíbe a atividade econômica.

Além do Fed, o Banco da Inglaterra  e o Banco do Japão decidem os juros nesta semana. Investidores também deverão olhar com atenção dados macroeconômicos da China.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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