Giro do Mercado

Petróleo dispara com tensões geopolíticas e analista aponta preocupação com mercado norte-americano

23 out 2025, 15:00 - atualizado em 23 out 2025, 15:00

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O forte rali do petróleo e o aumento da volatilidade global voltaram a dominar o humor dos mercados nesta quinta-feira (24). Segundo Enzo Pacheco, analista da Empiricus Research, o movimento recente da commodity reflete o avanço das tensões geopolíticas.

No Giro do Mercado, apresentado pela jornalista Paula Comassetto, o analista afirmou que as sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia contra empresas russas e as incertezas em torno da guerra aumentam a aversão a risco

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“Além da guerra comercial e geopolítica, a gente acaba vendo muita volatilidade quando a gente fala dos mercados. Inclusive, o índice do medo estava subindo quase 2% na manhã de hoje”, disse.

Pacheco destacou que apesar das tensões, os principais índices norte-americanos acumulam ganhos entre 12% e 15% em 2025, impulsionados pelas empresas de tecnologia e pela retomada do apetite por risco.

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“Depois daquele dia fatídico do ‘liberation day’, a gente teve uma recuperação vagarosa dos índices americanos, sempre calcados na inteligência artificial, nas big techs”, afirmou Pacheco.

No entanto, o analista lembrou que, embora a temporada de resultados tenha começado de forma positiva, com grandes bancos reportando lucros robustos, há pontos de atenção no mercado de crédito.

Ele destacou episódios que despertaram alerta, como o pedido de falência de uma financiadora de veículos e de uma fabricante de autopeças.

Segundo ele, os bancos maiores — como Morgan Stanley e Goldman Sachs — tiveram resultados melhores por conta da atuação em banco de investimento, enquanto os regionais sentiram mais os efeitos da deterioração no crédito automotivo.

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“Os grandes bancos falam que tinha esse problema, mas não parecia ser algo muito sistêmico ainda”, disse.

Cenário negativo para Netflix (NFLX34) e Tesla (TSLA34)

Sobre a temporada de balanços, o analista comentou os resultados de Netflix (NFLX34) e Tesla (TSLA34). Segundo Pacheco, o que chamou atenção no balanço da gigante do streaming foi um fator negativo relacionado ao Brasil.

A empresa registrou lucro abaixo das expectativas após reconhecer uma despesa tributária de cerca de US$ 700 milhões. A ação sofreu uma queda de 10% na última sessão com um temor do mercado sobre uma eventual repetição do caso em outras jurisdições.

Apesar da queda, Pacheco acredita que o papel pode oferecer oportunidades em preços mais baixos.

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“Eu adoro Netflix, acho que todo mundo que tem serviço de streaming vai ter Netflix em casa, mas a ação ainda pode ter uma entrada de preço melhor para comprar”.

Já sobre Tesla, Pacheco reforçou seu ceticismo com a ação. “Eu sou um pouco crítico com a ação de Tesla, dado que você está falando ainda de uma empresa fabricante de automóveis”, afirmou.

Ele ressaltou que, apesar de a companhia valer cerca de US$ 1,4 trilhão, sua principal fonte de receita ainda é a venda de carros, segmento sujeito à crescente concorrência.

Embora o resultado do trimestre tenha mostrado alta de 12% na receita total, o crescimento no segmento automotivo foi mais modesto, entre 5% e 6%. “No preço de Tesla hoje, me parece que já está muito precificado essa melhora de resultado”, afirmou Pacheco.

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O programa ainda abordou o desempenho dos mercados globais e outros destaques corporativos. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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