Petróleo

Petróleo encerra o dia com alta de mais de 7% após tensões no Oriente Médio se intensificarem

13 jun 2025, 17:12 - atualizado em 13 jun 2025, 17:12
Petróleo dólar
(Imagem: REUTERS/Stringer/Archivo)

O preço do petróleo fechou em alta de mais de 7% nesta sexta-feira (13) após conflito no Oriente Médio se intensificar com ataques de Israel e Irã. O preço chegou a subir mais de 10% no dia.

Os contratos mais líquidos do Brent, referência internacional de preços, avançavam 7,02%, a US$ 74,23 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Já o contrato do WTI, referência no mercado dos EUA, para julho subiu 7,26%, a US$ 72,98 o barril na New York Mercantil Exchange (Nymex), nos EUA.

Os avanços registrados na sexta-feira marcaram os maiores movimentos em um mesmo dia para ambos os contratos desde 2022, período em que a invasão da Ucrânia pela Rússia disparou os preços da commodity.

De acordo com autoridades israelenses, os ataques miraram instalações nucleares e fábricas de mísseis, além de terem eliminado comandantes militares iranianos.

A ofensiva ocorre em meio a impasses nas negociações entre Teerã e Washington para limitar a produção de material para uma bomba atômica.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o Irã provocou a resposta israelense ao resistir às exigências americanas para restringir seu programa nuclear. Ele prometeu novos bombardeios, “ainda mais brutais”, caso o regime iraniano não aceite um acordo rapidamente.

Em resposta, nesta tarde, o Irã disparou mísseis sobre Tel Aviv e Jerusalém. A agência de notícias estatal do Irã, IRNA, disse que centenas de mísseis balísticos foram lançados em retaliação aos maiores ataques já realizados por Israel contra o Irã.

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Preço do petróleo pode superar os US$ 100/ barril

Uma escalada mais ampla dos conflitos no Oriente Médio, com impactos diretos em rotas comerciais estratégicas e na infraestrutura regional de petróleo, pode fazer com que os preços do barril superem os US$ 100, segundo projeções mais pessimistas do Goldman Sachs.

O cenário extremo, segundo o banco, envolve uma possível paralisação do fluxo de navios pelo Estreito de Ormuz, rota estratégica que escoa cerca de 20% de toda a produção mundial de petróleo.

“Embora o bloqueio total do Estreito ainda seja improvável, o mercado não descarta a possibilidade de uma disrupção prolongada, o que poderia gerar uma disparada imediata dos preços para além de US$ 100 por barril”, destaca o relatório assinado por Daan Struyven e equipe de commodities do Goldman Sachs, divulgado nesta sexta-feira (13). Em um cenário ameno, o preço pode chegar a US$ 90 por barril.

Nas últimas semanas, o barril do Brent acumulou alta de 12%, atingindo US$ 74, em resposta ao aumento do prêmio de risco.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.