Mercados

Petróleo sobe quase 1% com proximidade de furacão Rafael e dólar fraco após ‘Trump Trade’

07 nov 2024, 16:59 - atualizado em 07 nov 2024, 17:19
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O petróleo ganhou força à medida que o dólar voltou a cair ante moedas fortes, com os investidores digerindo a eleição de Trump nos EUA; proximidade do furacão Rafael também impulsionou a commodity (Imagem: REUTERS/Angus Mordant)

Nesta quinta-feira (7), o petróleo voltou ao tom positivo e subiu quase 1% com os investidores digerindo a vitória de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. O enfraquecimento do dólar ante moedas globais e a decisão do Federal Reserve (Fed) de cortar os juros, conforme o esperado, também repercutiram sobre a commodity.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para janeiro de 2025, terminaram a sessão em alta de 0,94%, a US$ 75,63 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro subiram 0,93%, a US$ 72,36 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. 

O que mexeu com o petróleo hoje?

Os preços do petróleo voltaram a subir com os investidores avaliando os possíveis impactos do furacão Rafael — que começou como uma tempestade tropical no Caribe no início da semana.

No Golfo do México, cerca de 17% da produção de petróleo bruto — o equivalente a 304.418 barris por dia —  foi interrompida por causa do furacão, disse o Departamento de Segurança e Fiscalização Ambiental dos Estados Unidos.

Em segundo plano, o Federal Reserve (Fed) reduziu os juros pela segunda vez consecutiva. O banco central norte-americano cortou 25 pontos-base, trazendo a taxa básica a faixa de 4,50% a 4,75% ao ano.

Os cortes nas taxas de juros normalmente impulsionam a atividade econômica e a demanda por energia.

Os investidores ainda digerem a eleição de Donald Trump como presidente dos EUA.

Além da valorização do dólar, que pesa sobre os preços das commodities, o governo Trump pode ter políticas que podem pressionar ainda mais a economia chinesa, enfraquecendo a demanda do óleo no maior importador da commodity do mundo.

O retorno do republicano à Casa Branca também pode significar uma aplicação mais rígida de sanções norte-americanas contra o Irã relacionadas ao petróleo. A repressão ao país, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), daria suporte aos preços globais do óleo bruto.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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