Petróleo fecha no menor nível desde maio com guerra comercial e preocupações de oferta

Os preços do petróleo caíram para mínimas de cinco meses nesta quarta-feira (15), devido à escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China e à previsão da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) de um excedente de oferta em 2026.
Os futuros do petróleo Brent caíram 0,8%, a US$61,91 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos futuros do West Texas Intermediate (WTI) caíram 0,7%, a US$ 58,27 o barril, na New York Mercantile Exchange, nos Estados Unidos.
Esses foram os preços mais baixos para o Brent e o WTI desde 7 de maio, pelo segundo dia consecutivo.
O que pesou sobre o petróleo?
Ontem (14), os Estados Unidos e a China impuseram taxas portuárias adicionais aos navios que transportam cargas entre eles, renovando a guerra comercial entre os dois países — que também são os maiores consumidores de petróleo no mundo.
As medidas de retaliação podem interromper os fluxos globais de frete.
Já nesta quarta-feira (15), o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, insistiu que Washington não queria aumentar o conflito comercial, acrescentando que o presidente Donald Trump está pronto para se reunir com o presidente chinês Xi Jinping na Coreia do Sul no final deste mês.
O “conflito” comercial começou na semana passada após a China anunciar que aumentaria os controles de exportação de terras raras. Em resposta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou aumentar as tarifas sobre os produtos chineses para 100% e endurecer as restrições à exportação de software a partir de 1º de novembro.
Na avaliação do Bank of America (BofA), os preços do Brent podem cair abaixo de US$ 50 por barril se as tensões comerciais entre os EUA e a China se intensificarem, enquanto a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) aumenta.
*Com informações de Reuters