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Petróleo salta mais de 5% com novas sanções à Rússia

23 out 2025, 16:34 - atualizado em 23 out 2025, 16:34
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(Imagem: REUTERS/Angus Mordant)

Os preços do petróleo terminaram a sessão desta quinta-feira (23) com salto de mais de 5%, no maior nível em duas semanas, em reação às sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia contra a Rússia, em busca de um cessar-fogo na Ucrânia.

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Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para dezembro, encerraram com avanço 5,43%, a US$ 65,99 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para novembro subiram 5,62%, a US$ 61,79 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. 

O que mexeu com o petróleo hoje?

As tensões geopolíticas impulsionaram os preços do petróleo nesta quinta-feira (23), em um movimento já iniciado na véspera.

Ontem (22), o governo dos Estados Unidos impôs novas sanções às duas maiores empresas petrolíferas russas, Rosneft e Lukoil, citando “a falta de comprometimento sério da Rússia com um processo de paz para acabar com a guerra na Ucrânia”.

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“Dada a recusa do presidente Putin em acabar com essa guerra sem sentido, o Tesouro está sancionando as duas maiores empresas petrolíferas da Rússia que financiam a máquina de guerra do Kremlin”, disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em um comunicado. “Incentivamos nossos aliados a se juntarem a nós e a aderirem a essas sanções.”

O Tesouro norte-americano ainda afirmou que estava preparado para tomar outras medidas, conforme pediu a Moscou que concordasse imediatamente com um cessar-fogo na guerra da Rússia na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022.

O entendimento da Casa Branca é de que os ganhos com a venda de petróleo têm ajudado a Rússia a financiar a guerra na Ucrânia, em meio a tentativas de cessar-fogo frustradas mediadas pelo presidente Trump.

Também na quarta-feira (22), os países que compõem a União Europeia também aprovaram o 19º pacote de sanções à Rússia, que inclui a proibição de importações de gás natural liquefeito (GNL) russo.

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Em reação, grandes empresas petrolíferas estatais da China suspenderam a compra de petróleo russo transportado por vias marítimas após a nova rodada de sanções, de acordo com a Reuters.

Segundo a agência de notícias, as petroleiras nacionais chinesas como PetroChina, Sinopec, CNOOC e Zhenhua Oil vão se abster de negociar a commodity da Rússia, comercializado por via marítima, pelo menos no curto prazo.

Nesta quinta-feira (23), o presidente russo, Vladimir Putin, disse que o país nunca se curvará à pressão dos EUA ou de qualquer outro país. Ele classificou as medidas do governo Trump como um “ato hostil” e que “terão certas consequências, mas não afetarão significativamente nosso bem-estar econômico”.

A Casa Branca também afirmou hoje que uma reunião entre Trump e Putin não está totalmente descartada, após o presidente norte-americano cancelar um encontro bilateral entre os dois mandatários.

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“Acho que o presidente e todo o governo esperam que um dia isso possa acontecer novamente, mas queremos garantir que haja um resultado positivo tangível dessa reunião”, disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em uma coletiva de imprensa.

Para a Capital Economics, as sanções dos EUA à Rússia podem ser uma escalada “grande o suficiente para virar o mercado global de petróleo rumo ao déficit de oferta em 2026”.

Já na avaliação do UBS, o impacto das sanções no mercado dependerá da reação da Índia — que é o maior comprador de petróleo russo e já se comprometeu a reduzir as compras da commodity em negociações comerciais com os EUA.

*Com informações de CNBC e Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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