Petróleo sobe 1% com expectativa de corte de juros nos EUA e dúvidas sobre acordo Rússia-Ucrânia
Os preços do petróleo fecharam com alta de cerca de 1% nesta segunda-feira (24), com o aumento das apostas de um corte na taxa de juros dos Estados Unidos em dezembro e com o aumento das dúvidas sobre se a Rússia conseguirá um acordo de paz com a Ucrânia, o que aumentaria as exportações de petróleo de Moscou.
Os contratos futuros do Brent subiram 1,3%, para fechar a US$63,37 por barril. O petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu 1,3%, para fechar a US$58,84.
Na sexta-feira, os dois contratos de referência do petróleo fecharam em seus níveis mais baixos desde 21 de outubro.
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Os EUA e a Ucrânia procuraram reduzir as lacunas em um plano de paz para acabar com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, depois de concordarem em modificar uma proposta dos EUA que Kiev e seus aliados europeus consideravam uma lista de desejos do Kremlin.
A recente fraqueza dos preços foi impulsionada principalmente pelo progresso relatado nas negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia, disseram analistas da empresa de consultoria em energia Ritterbusch and Associates em uma nota.
“No entanto, achamos que uma redução de mais de 5% do prêmio de risco é excessiva”, acrescentaram, apontando para a possibilidade de a guerra se arrastar, reinjetando o risco geopolítico nos futuros do petróleo.
As sanções impostas pelos EUA às empresas petrolíferas russas Rosneft e Lukoil, que entraram em vigor na sexta-feira, causaram um atrito que normalmente impulsionaria os preços, mas o mercado está preocupado com as negociações de paz, disse Jorge Montepeque, diretor administrativo da Onyx Capital.
A receita estatal russa de petróleo e gás pode cair em novembro cerca de 35% em relação ao ano anterior, para 520 bilhões de rublos (US$6,59 bilhões), devido ao petróleo mais baixo e ao rublo mais forte, segundo cálculos da Reuters nesta segunda-feira.
O presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, saudou o “novo impulso” nas negociações para acabar com a guerra na Ucrânia e prometeu que a União Europeia continuará apoiando a Ucrânia.