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Piadas machistas alimentam batalha de ex-diretora contra Cantor

14 set 2019, 11:08 - atualizado em 13 set 2019, 17:51
Randee Paston, trader de títulos e ex-diretora da Cantor Fitzgerald (Imagem: Christopher Goodney/Bloomberg)

Quando as coisas estavam indo bem para Randee Paston dentro da Cantor Fitzgerald, a trader de títulos lidava com grandes clientes, ganhando milhões de dólares para a empresa e ajudando a liderar uma rede de mulheres dentro da corretora de Wall Street. Isso mudou quando um grupo de homens chegou ao escritório de Manhattan vindos de um banco suíço no fim de 2017, disse, perseguindo seus clientes e basicamente “expulsando-a” no ano passado.

Desde então, em uma batalha que começou no tribunal e se transformou em arbitragem secreta, Paston acusou ex-colegas de assistir a vídeos de mulheres nuas no trabalho, fazendo piadas sobre sexo e prostitutas e violando regras de trading.

Suas alegações ecoam uma ação movida por Lee Stowell, que cria os seis filhos sozinha e também era diretora-gerente da Cantor Fitzgerald. Ela acusou a corretora no ano passado de assédio e retaliação, alegações negadas pela empresa. Um porta-voz da Cantor Fitzgerald não quis comentar o caso mais recente.

“Definitivamente fui intimidada”, disse Paston em entrevista. “Não acho que alguém deva ser tratado como fui tratada.”

Wall Street tem poucas mulheres em posições de poder e menos janelas do que parece quando as coisas dão errado para elas. Dois anos depois do movimento #MeToo, alguns banqueiros gostam de dizer que praticamente nenhum homem influente no setor perdeu o emprego devido a um comportamento inadequado no passado. Processos recentes – de pessoas incluindo mulheres, um pai de primeira viagem e um gay muçulmano – contam uma história diferente.

Na verdade, a corretora não forçou Paston a sair, de acordo com pessoas próximas aos executivos da Cantor, porque fez ofertas para que ela ficasse com uma estrutura de pagamento diferente ou com novos clientes. Esses executivos não veem semelhanças entre as queixas das duas mulheres como um sinal de que há um padrão de comportamento irregular na empresa, mas, em vez disso, suspeitam que Paston esteja imitando as alegações de Stowell. Ela disse que não copiou ninguém.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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