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Piauí emitirá créditos de carbono em troca de combate ao desmatamento

08 jul 2025, 9:54 - atualizado em 08 jul 2025, 9:54
Créditos de carbono mercados (1)
(iStock.com/EyeEm Mobile GmbH)

O Estado do Piauí emitirá créditos de carbono em troca de ações de combate ao desmatamento, informou nesta terça-feira, dando impulso a outros projetos regionais para ajudar a proteger a floresta.

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O Brasil está se esforçando para manter a ambição de reduzir as emissões de gases do efeito estufa enquanto se prepara para sediar a próxima rodada de negociações climáticas globais na cidade amazônica de Belém, em novembro.

Ao contrário dos projetos tradicionais de proteção florestal propostos por proprietários privados, o Piauí está se concentrando em esforços do setor público que incluem o governo e as comunidades locais e cobrem uma área muito maior para tentar evitar o simples deslocamento do local do desmatamento.

Projetos semelhantes, conhecidos como jurisdicionais, estão em desenvolvimento nos Estados de Tocantins e Pará.

Em um acordo anunciado nesta terça-feira, a Investe Piauí, empresa de economia mista do Estado, assinou um contrato com a empresa de investimentos Silvania, que fornecerá de R$10 milhões a R$20 milhões para ajudar a desenvolver o programa.

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A empresa brasileira Systemica também ajudará com os aspectos técnicos do programa, e a Silvania atuará como intermediária dos créditos. A empresa de serviços ambientais Geonoma liderará o desenvolvimento do programa.

O grupo disse que, se o Piauí reduzir o desmatamento da Mata Atlântica em 10% ao ano, poderá gerar mais de 20 milhões de créditos até 2030 para vender a empresas e países para ajudá-los a atingir suas próprias metas de redução de emissões.

“Por meio da Investe Piauí e com o apoio da Silvania, não apenas protegeremos nossas florestas, mas também criaremos oportunidades sustentáveis para nossas comunidades”, disse o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), em um comunicado.

Os créditos de carbono, em alguns casos, não conseguiram proporcionar os benefícios ambientais que alegavam, mas podem se tornar cada vez mais importantes à medida que a vontade política para a ação climática diminui e os governos se concentram nos custos de curto prazo, apesar das temperaturas recordes e de outras condições meteorológicas extremas que os cientistas associaram à atividade humana.

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Na semana passada, a União Europeia propôs pela primeira vez uma meta climática da UE que permitirá que os países usem créditos de carbono de nações em desenvolvimento para cumprir uma parte limitada de sua meta de redução de emissões.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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