Economia

PIB americano coloca EUA em situação delicada, mas analistas pedem cautela

28 jul 2022, 13:02 - atualizado em 28 jul 2022, 13:02
Dólar
A retração do PIB  foi puxada pelas quedas no investimento privado em estoque, gastos governamentais e investimento fixo residencial e não residencial. (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo)

Um dia depois de o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmar que não achava que os Estados Unidos estavam em recessão, o mercado se surpreendeu com o produto interno bruto (PIB) americano no negativo.

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A primeira leitura do PIB para o segundo trimestre mostrou que a atividade econômica recuou 0,9% no ritmo anualizado, abaixo das projeções de alta de 0,4%. Isso marca dois trimestres consecutivos de baixa e o que a economia chama de recessão técnica.

No entanto, os analistas recomendam cautela. “A queda no PIB do segundo trimestre é decepcionante, mas não significa que a economia esteja em recessão. Em parte, a queda se deve a um enorme arrasto dos estoques, enquanto a maioria dos outros indicadores mostra uma expansão contínua”, afirma Andrew Hunter, economista sênior dos EUA da Capital Economics.

De acordo com os dados, a retração foi puxada pelas quedas no investimento privado em estoque, gastos governamentais e investimento fixo residencial e não residencial. Por outro lado, houve uma alta de 1% no consumo, com avanço de 4,1% do consumo de serviços; e também uma melhora de 18% nas exportações.

“Hoje, temos uma discussão em relação a esse conceito [recessão técnica], pois diferente de outras recessões, o mercado de trabalho está bem aquecido. Powell mesmo comentou que a atividade e consumo têm diminuído, mas o mercado de trabalho está aquecido. Então, é difícil chamar de recessão porque temos as pessoas empregadas e com receita”, aponta Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed.

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Federal Reserve

O banco central americano já tinha avisado que seria necessário reduzir a atividade econômica para conter a inflação, que está em seu maior patamar em 40 anos. O PIB mais baixo é ruim, mas retira do Fed a obrigação de elevar tanto os juros.

“Isso permite que o Fed comece a planejar o seu desejado ‘pouso suave’ para economia, podendo cessar os aumentos mais agressivos, gradativamente, até que a inflação fique abaixo de 6% – algo previsto apenas para 2023”, afirma Carlos Vaz, CEO e fundador da Conti Capital.

Hunter, da Capital Economics, pensa diferente. “Esperemos que o PIB se recupere no terceiro trimestre. No entanto, com as condições do mercado de trabalho ainda se mantendo forte e a inflação muito alta, é improvável que essa fraqueza convença o Fed a reduzir seus planos de aperto”, diz.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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